Disputa do LAS recomeçará, do zero

48

A Força Aérea dos Estados Unidos provavelmente terá de reiniciar seu programa Light Air Support (LAS), disse ao Congresso Americano no dia 6 de março o oficial superior civil do departamento.

“Esta é uma necessidade urgente de nossos parceiros Afegãos.”, disse o secretário da força aérea Michael Donley ao Subcomitê de Apropriações Regionais de Defesa. “É muito provável que nós precisaremos voltar e começar do zero nesta seleção de fornecedor”.

Donley disse que a USAF está trabalhando na melhor forma de reiniciar o programa, porém este terá um atraso de no mínimo vários meses. Também existirá uma nova competição, porém os requisitos provavelmente permanecerão inalterados, adiciona Donley.

A USAF espera adquirir 20 aeronaves de suporte aéreo leve (LAS) por US$ 355 milhões para a Força Aérea Afegã. Foi selecionada a aeronave brasileira Sierra Nevada/Embraer EMB-314/A-29 Super Tucano, depois que o departamento rejeitou o Hawker Beechcraft AT-6. A USAF foi forçada a suspender o contrato depois que a Hawker entrou com uma ação, mas posteriormente teve de anular a disputa por completo.

Donley disse que a USAF tomou a decisão de cancelar o contrato nascente porque sua documentação interna “não era o que precisava ser”.

O departamento iniciou uma investigação interna, liderado pelo chefe do Comando de Material da Força Aérea, General Donald Hoffmann, para determinar se houve qualquer irregularidade. O chefe da USAF, General Norton Schwartz disse na semana passada que haveria um “inferno a pagar” se qualquer má conduta for descoberta.

O governo brasileiro, que os Estados Unidos estão tentando atrair como aliado, reagiu com raiva. No entanto, após os Estados Unidos dizerem que ainda estão interessados no Super Tucano, os dois lados reabriram as negociações.

A USAF tem lutado por seu processo de aquisição há mais de uma década depois de um oficial superior da Força Aérea ser preso por má conduta, juntamente com um executivo da Boeing, durante uma disputa para substituição do avião-tanque KC-135.

Nos últimos anos, a Força Aérea tinha a esperança de colocar o escândalo escondido, mas como Donley o colocou, este último episódio provou ser uma “vergonha” – ecoando o comentário de Schwartz, uma semana antes.

FONTE: Flightglobal (tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo)
wpDiscuz