Revista francesa sugere que preço do Rafale oferecido para a Índia é menor que o valor pago pela França

A revista semanal francesa L’Express publicou uma matéria no dia 13 de fevereiro em seu site que destaca o renascimento do caça francês Rafale no mercado internacional após a vitória do mesmo na concorrência indiana MMRCA.

Conforme a matéria, as chances do Rafale no Brasil, nos Emirados Árabes Unidos (EAU) e até mesmo na Suíça foram revigoradas. Em relação a este último país o jornal citou o caso do relatório de avaliação da Força Aérea Suíça que colocava o Gripen como incapaz de atender às exigências técnicas. No entanto, em uma entrevista coletiva no dia posterior à matéria francesa as autoridades suíças afirmaram que o relatório era antigo e referia-se somente ao modelo C/D do Gripen.

Sobre o Brasil a revista destacou uma frase do ministro da Defesa, Celso Amorim, que disse que “a decisão da Índia muda tudo”. Também foi destacado a visita de Amorim à Índia, onde ele teve acesso a parte dos documentos indianos sobre a concorrência MMRCA.

No entanto, a informação mais interessante presente em toda a matéria é possibilidade dos Rafales serem vendidos para a Índia por um preço subsidiado, abaixo dos valores pagos pela própria França para comprar caças para equipar a Força Aérea e a Marinha. Foi sugerido que os valores oferecidos para a Índia estão entre 80 e 87 milhões de euros por avião, sendo que a França paga cerca de 150 milhões de euros por avião.

Comparando os dois valores (aquele ofertado para a Índia e o pago pela França) nota-se que existe uma diferença gritante. Sabe-se que para os EAU os caças foram oferecidos por um valor muito mais alto que estes oferecidos para a Índia e o país pode pedir explicações sobre isso.

Se este realmente foi o preço oferecido para a Índia, estaria aí um dos motivos da solicitação do Brasil para ver parte dos documentos do MMRCA, pois dificilmente estes valores estavam na proposta entregue à FAB (especula-se que o Rafale tenha sido oferecido ao Brasil por 100 milhões de euros a unidade, mas não há comprovação desta informação).

Mas se a Índia está pagando um preço subsidiado pelos Rafales, quem vai pagar a diferença?

FONTE:
L’Express

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