USAF quer modernizar 350 caças F-16 por 2,8 bilhões de dólares

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Medida compensaria entregas mais lentas do F-35

Segundo reportagem da Reuters, a Força Aérea dos EUA (USAF) revelou na quinta-feira, 2 de fevereiro, que planeja uma modernização avaliada em 2,8 bilhões de dólares para aproximadamente 350 caças F-16 que estão se tornando antiquados. Isso compensaria a diminuição no ritmo das aquisições do F-35.

O trabalho, que avançaria pela década de 2020, estenderia a vida útil das células dos F-16, além de incluir também radares, sensores, telas do cockpit, assim como capacidades de guerra eletrônica e de comunicações. A Northrop Grumman (NGC) e a Raytheon deverão competir para o fornecimento do radar AESA (de varredura eletrônica) para os caças, segundo um porta-voz da USAF, Ann Stefanek.

Os melhores caças da frota de F-16 deverão passar pela modernização, disse Stefanek, envolvendo modelos Block 50 e alguns Block 40, num programa “escalável”. Dos mais de 1.000 caças F-16 no inventário da USAF, aproximadamente 640 são do Block 50 e Block 40, e equipam unidades da ativa, da reserva e da Guarda Aérea Nacional. Nenhum deles já passou pelo programa de extensão da vida estrutural ou modernizações nas suas capacidades.

Bill McHenry, diretor de desenvolvimento de negócios do programa F-16 da Lockheed Martin, disse que os Block 40 e 50 foram projetados para uma vida útil de 8.000 horas, dependendo das cargas transportadas e outros fatores. Mas essas especificações vem sendo excedidas pelos caças, que podem ser capazes de atingir 12.000 horas com novas cavernas e outras modificações estruturais, a um custo inferior a 1 milhão de dólares por aeronave.

A modernização dos F-16 norte-americanos poderá apontar caminhos para a de caças do tipo em uso pelo mundo – mais de 4.450 caças F-16s foram entregues a 26 países desde o início do programa, há mais de 30 anos. Um exemplo de país que pode se beneficiar com a modernização dos caças da USAF é Taiwan, que tem um programa de modernização de 145 aeronaves F-16 A/B Block 20 (mais antigas que as escolhidas para modernização na USAF) com radares AESA e outros equipamentos como capacetes com mira no visor (HMCS), pods de contramedidas, munições, logística, tudo a um custo estimado de 5,3 bilhóes de dólares. A NGC e a Rayteon também vão disputar o fornecimento dos radares.

Um dos objetivos dos operadores de F-16 é preparar a aeronave para ser “interoperável” com o F-35, por meio de um aumento da capacidade de processamento dos computadores, de sistemas de comunicação e de sensores, segundo McHenry.

Quanto ao F-35, o terceiro plano de reestruturação do programa prevê ajustar a entrega de 179 aeronaves entre 2013 e 2017.

FONTE: Reuters (tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo)

IMAGENS: USAF, NGC e Raytheon

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