‘Think tank’ islâmico especula que Typhoon venceu o MMRCA
O “Grande Strategy Institute”, que se define como um “think tank” que procura ver os assuntos de defesa sob a perspectiva islâmica, acredita que o vencedor da disputa pelo MMRCA(aeronave de combate multitarefa de porte médio) indiano foi o Eurofighter Typhoon. É o que sugerem fontes do instituto.
Porém, a matéria deixa claro que os resultados da competição não foram anunciados oficialmente, e que o artigo publicado sobre essa possível vitória do Typhoon é baseado em canais não oficiais que precisam ser vistos como especulativos – porém o autor Meinhaj Hussain diz ter boas bases para acreditar que é verdade.
O artigo enfatiza os impactos que a escolha do Typhoon traria à Força Aérea do Paquistão, diminuindo qualquer vantagem que esta poderia ter conquistado na última década sobre a Força Aérea Indiana. E é justamente devido a essa análise, e não especialmente pela veracidade de uma vitória do Typhoon, que o Poder Aéreo achou interessante colocar os pontos mostrados pelo artigo em discussão para nossos leitores.
Segundo o artigo, os caças se equiparam, mas o Rafale é conceituado como uma aeronave melhor na arena ar-terra, enquanto o Tyhpoon se destaca na ar-ar. A aquisição do Typhoon, que foi projetado para se sobressair no combate além do alcance visual (BVR) a elevadas altitudes e velocidades, teria impacto na Força Aérea do Paquistão, cujos caças JF-17 estariam em desvantagem. Para cobrir a lacuna, seria necessário adquirir mais caças chineses J-10.
A superioridade do Typhoon seria por ser a melhor plataforma, segundo o artigo, para o míssil BVR Meteor da MBDA, de nova geração. Combinado com o desempenho em alta velocidade e altitude do Typhoon, que coloca mais energia cinética no lançamento do míssil, o Meteor traria vantagens no combate aos Typhoons indianos frente a adversários das Forças Aéreas do Paquistão e da China.
A partir daí, o autor reflete sobre uma possibilidade bastante remota de, com a vitória do Typhoon, a França poder fazer uma troca tecnológica com o Paquistão, colocando alguma da tecnologia do Rafale nos JF-17, usando como intermediário um terceiro país mais “palatável” às potências ocidentais. Assim, poderia vender armas e aviônicos franceses para uma versão de exportação do JF-17, para países como o Egito ou a Argentina.
Como “consolo” para o Paquistão, estaria o fato de que o Typhoon (embora o mesmo pudesse ser dito do Rafale) é caro para comprar e manter, com um patamar mais alto de sofisticação do que os indianos estão acostumados a lidar, fazendo com que demorem a entrar em operação em grande número.
E você? O que acha da especulação e da análise do site?
FONTE: Grande Strategy Institute (tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo)
FOTOS: Eurofighter
Colaborou: Marcos