Japão focou seu ‘F-X’ em capacidade e não em indústria, como Brasil e Índia
A opinião está numa análise de Reuben F. Johnson para a Jane’s. Segundo o extrato do artigo, a decisão japonesa pelo F-35 para o seu programa F-X foi baseada em considerações diferentes das que norteiam outras grandes disputas de caças no mundo.
As duas maiores ainda abertas, o programa MMRCA (avião de combate multitarefa de porte médio) da Índia e o F-X2 do Brasil, vêm se estendendo por anos, seguindo os critérios principais de nível de transferência de tecnologia, participação industrial de empresas locais e compensações (offsets) comerciais.
A ênfase do Brasil na transferência de tecnologia vai ainda mais longe que outras competições, com o requerimento de que “os benefícios do programa tenham impacto por toda a economia, não apenas na esfera da defesa” de acordo com um diplomata brasileiro familiarizado com a competição.
Em contraste, o processo decisório japonês se baseou mais no desempenho de combate e na interoperabilidade com os Estados Unidos e outros países aliados vizinhos, do que em benefícios industriais. O custo de aquisição e do ciclo de vida também foi um fator menos importante para o Japão.
As considerações operacionais de longo prazo do Japão foram de que os Estados Unidos, a Coreia do Sul, Cingapura e Austrália deverão, no futuro, estar voando o F-35. Assim, a Força Aérea de Autodefesa do Japão quer interoperabilidade total com esses países.