Força aérea dos EUA suspende encomenda de aviões feita à Embraer

17

Pedido de 20 aviões de treinamento e suporte EMB-314 Super Tucano, no valor de US$ 355 milhões, foi suspenso temporariamente pois a concorrência está sendo contestada

 

WASHINGTON – A Força Aérea dos EUA suspendeu temporariamente a encomenda de 20 aviões de treinamento e suporte EMB-314 Super Tucano, da Embraer, no valor de US$ 355 milhões, anunciada na sexta-feira passada. Segundo a Força Aérea, a suspensão foi motivada pelo fato de a norte-americana Hawker Beechcraft estar contestando o resultado da concorrência em um tribunal federal norte-americano.

A Embraer venceu a concorrência em associação com a norte-americana Sierra Nevada Corp., que responderia pelo treinamento de pilotos e do pessoal de apoio. Nos EUA, o EMB-314 tem a designação A-20. Os aviões serão construídos na fábrica da Embraer em Jacksonville (Flórida), para operar no Afeganistão.

Segundo um porta-voz da Força Aérea norte-americana, o tenente-coronel Wesley Miller, a Força Aérea está “confiante nos méritos da decisão da concorrência e prevê que a contestação será resolvida rapidamente”.

O mercado internacional para essa classe de equipamento é avaliado em US$ 3,5 bilhões, envolvendo 300 aeronaves a serem adquiridas até 2020.

Em novembro, quando o AT-6 da Hawker Beechcraft foi afastado da competição, a empresa já havia reagido com perplexidade.

O fabricante americano acumula dificuldades. O avião nunca entrou em combate e só recentemente pode realizar os testes iniciais com bombas inteligentes, guiadas a laser, no Arizona, de 28 de setembro e 5 de outubro.

Em novembro a companhia divulgou comunicado informando que estava pedindo explicações à USAF e que vencer a escolha permitiria gerar 1.400 empregos em 20 Estados.

O interesse da aviação americana é por um avião capaz de oferecer apoio à tropa em terra. Os caças pesados são caros. O gasto com a operação, alto. A hora de voo do supersônico F-16E não sai por menos de US$ 6,5 mil, contra apenas US$ 500 do Super Tucano.

As informações são da Dow Jones. (Renato Martins)

FONTE: Estadão

Publicidade

wpDiscuz