MMRCA: relatório de Defesa indica decisão nas próximas duas semanas
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Revisão anual do Ministério da Defesa Indiano também fala de mísseis balísticos, do caça leve Tejas e do motor Kaveri
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Segundo o jornal indiano de negócios “Business Standard”, o Ministério da Defesa do país indicou que uma decisão da concorrência MMRCA é iminente, e deverá ser divulgada ainda nas próximas duas semanas. A informação é um dos diversos destaques da revisão de final de ano do Ministério, o “Year-end Review’, relatório anual divulgado nesta quarta-feira (21 de dezembro).
O MMRCA é um programa que visa dotar a Força Aérea Indiana de uma nova aeronave de combate multitarefa de porte médio, e a disputa final está entre o caça francês Rafale, da Dassault, e o Typhoon do consórcio europeu Eurofighter. Deverão ser adquiridas 126 aeronaves.
O relatório diz que 2011 é “o ano decisivo para o MMRCA”, sugerindo que o vencedor da disputa poderá ser anunciado nesta quinzena. Assim que a proposta vencedora for anunciada, o Ministério da Defesa vai estabelecer um “Comitê de Negociação do Contrato” para negociar o preço final.
Outras indicações do relatório anual são de que o desenvolvimento de mísseis balísticos foi o mais importante dos programas da DRDO (Defence R&D Organisation – organização de pesquisa e desenvolvimento de defesa). Foram conduzidos nove testes bem-sucedidos, sendo que o lançamento do novo míssil balístico Agni-4 de 3.500km de alcance, em 15 de novembro, foi caracterizado como “o ponto alto do ano”. Também foram testados o Prithvi-2, o Dhanush (ambos com alcance de 350 km), o novo míssil tático Prahaar (200 km), o Agni-1 (700 km) e o Agni-2 (2,000 km), além do inovador míssil híbrido Shourya (700 km) que pode ser disparado tanto de terra quanto de submarino. O relatório, porém, não fala do Agni-5 de alcance intermediário, que tinha lançamento previsto para este mês e que foi adiado para os primeios meses de 2012, enquanto as novas tecnologias do míssil são testadas e validadas no Agni-4, diminuindo os riscos de desenvolvimento.
O relatório também coloca entre os programas bem-sucedidos o Tejas, jato leve de combate desenvolvido na Índia. Após ter recebido no início deste ano a liberação inicial para operação, deverá receber a liberação final em 2012, e também é citada a versão naval, que completou seus testes de motor no solo em setembro e em breve fará seu primeiro voo.
Segundo o Business Standard, porém, o Ministério falsamente exalta o motor a jato Kaveri, programa bastante atrasado que o DRDO está desenvolvendo para o Tejas. Apesar de realmente ter completado testes em voo este ano na Rússia, instalado num avião de tansporte IL-76 modificado, o motor continua com menos potência do que a necessária para o Tejas. O DRDO está tentando “ressucitar” o motor por meio de uma parceria com a fabricante francesa Snecma.
O relatório também traz como exemplos de sucesso a construção de navios de guerra em 2011, com os lançamentos da fragata INS Saptura, o navio-tanque INS Deepak (fabricado na Itália), a corveta antissubmarino INS Kadmatt e quatro, navios menores para a Guarda Costeira. Para 2012, estão previstos dois destróieres da classe” Kolkata”, além de mais uma fragata, uma corveta e outros navios de menor porte.
FONTE: Business Standard (tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo)