Cortes na defesa dos EUA ameaçam encomenda australiana de F-35

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Segundo reportagem do jornal australiano Canberra Times, o programa trilionário do F-35 norte-americano não irá sobreviver à última rodada de cortes no orçamento de defesa dos Estados Unidos. O aviso é do analista Peter Goon, do “Air Power Australia”. Goon afirma que daqui a aproximadamente um ano a quantidade de aeronaves do tipo encomendadas pelos EUA terá sido drasticamente cortada. Além disso, diz que ao menos uma das três versões do caça será cancelada, podendo mesmo chegar a duas.

Ainda segundo o analista, isso poderia trazer um impacto significativo nos planos da Austrália em adquirir até 100 caças F-35, por um custo estimado em 10 bilhões de dólares.

Especialistas opinam que se as encomendas dos EUA for reduzida o valor unitário para clientes como a Força Aérea Real Australiana crescerá. Para Andrew Davies, do “Australian Strategic Policy Institute”, as disputas internas dos Estados Unidos a respeito do orçamento de defesa poderão resultar em mudanças no programa do F-35. Porém, ele não espera que o resultado seja tão apocalíptico como sugere Peter Goon.

Para Davies, “futuros cortes (na quantidade de aeronaves encomendada pelas Forças Armadas dos EUA) são algo plausível. Mas o futuro da Força Aérea dos EUA é uma prioridade (para os norte-americanos). Não há uma opção de reserva. O que eles (EUA) poderão fazer? Ressucitar o F-22, que é mais caro ainda?”

Até 30% da produção do F-35 deverá ser destinada a clientes internacionais, como a Austrália. Mas o caça está em risco devido a uma lei de controle do orçamento, assinada em 2 de agosto pelo presidente dos EUA Barack Obama. E, até a próxima eleição nos Estados Unidos, o presidente Obama não deverá dar muita atenção aos pedidos dos Republicanos que, após insistirem em cláusulas punitivas, agora querem reverter os cortes.

FONTE: Canberra Times   FOTO: jsf.mil

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