Infraero autoriza operação do A380 em Guarulhos
Daniel Rittner
Embora tenha a autorização para o uso do superjumbo em Guarulhos, a companhia árabe precisa da aprovação de outros dois aeroportos para pouso alternativo. Ou seja, para onde o voo possa ser desviado em caso de fechamento de Guarulhos – por exemplo, em razão de problemas meteorológicos. O Galeão, no Rio, e Viracopos, em Campinas, são prováveis alternativas. Mas nem a liberação desses aeroportos significa que o A380 será automaticamente implantado no Brasil.
Para isso, a Emirates ainda estuda a viabilidade econômica do superjumbo nos voos para São Paulo. A companhia depende também da entrega de novos jatos. Ela já tem 15 superjumbos em operação – para voos entre Dubai e cidades como Pequim, Xangai, Sidney, Londres e Paris – e previsão de receber outras 75 unidades até 2019. Kuala Lumpur, a partir de novembro, será o novo destino da Emirates usando o A380. A configuração tradicional da companhia para o avião é de 489 assentos – 14 na primeira classe, 76 na executiva e 399 na econômica.
O diretor-geral da Emirates no Brasil, Ralf Aasmann, se diz satisfeito com as operações da empresa no país e afirma que o voo São Paulo-Dubai tem obtido taxa de ocupação em torno de 80%. Só 10% dos passageiros brasileiros, no entanto, têm o emirado árabe como destino final. A maioria faz conexões.
O principal destino é a China. Em um esforço para impulsionar Dubai como destino de turismo, a Emirates lançou uma promoção por meio da qual os brasileiros podem “desdobrar” a passagem e fazer uma escala na cidade, sem custo adicional na parte aérea e com hotel a US$ 39 por noite, além de descontos em lojas parceiras.
“Dubai, apesar de ser um destino de luxo, também é um destino acessível”, diz Aasmann, lembrando que a cidade tem cinco unidades da rede Ibis, por exemplo. “Quem vai a Dubai não precisa ficar em um hotel de US$ 2 mil a US$ 3 mil por noite.”
A tarifa da Emirates no voo São Paulo-Dubai começa a partir de US$ 1.800, na classe econômica. O voo Rio-Dubai segue até Buenos Aires. O trecho entre o Brasil e a Argentina pode ser comprado separadamente.
FONTE: Valor, via UOL
COLABOROU: Ricardo Cascaldi
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