OPERAÇÃO ÁGATA – Aeronave remotamente pilotada localiza pista clandestina na fronteira
Caças A-29 destruíram o alvo identificado pelo veículo aéreo não tripulado da FAB
Em apenas algumas horas de voo o RQ-450 coletou todas as informações para a missão de ataque. “Conseguimos saber vários detalhes do alvo e, inclusive, observamos que não havia pessoas no local para garantir a segurança durante o lançamento das bombas”, explicou o Tenente Coronel Ricardo Laux, Comandante do Primeiro Esquadrão do Décimo Segundo Grupo de Aviação (1º/12º GAV) – Esquadrão Hórus, primeira unidade militar do Brasil a utilizar aeronaves do tipo.
Toda a missão de reconhecimento foi coordenada a partir do centro de controle, onde um piloto e um operador de sistemas acompanham o voo do RQ-450. O equipamento é quase todo automático, mas o aviador gerencia todas as etapas da missão. “Eu posso simplesmente colocar uma coordenada ou determinar uma rota, mas se eu quiser pilotar ele manualmente eu assumo o voo”, afirmou o Tenente Coronel Laux.
Durante a Operação Ágata, o Esquadrão Hórus está deslocado em uma pista escondida no meio da selva. A partir dali, o RQ-450 opera em uma vasta área da região. Com autonomia de até 16 horas, o avião de apenas seis metros de comprimento realiza missões de reconhecimento, vigilância, busca e inteligência. Todas as informações são transmitidas em tempo real para centros de comando em Manaus e em Brasília.
A Operação Ágata começou no dia 7 de agosto e envolve o Exército, a Marinha, a Aeronáutica e instituições como a Polícia Federal, IBAMA e Receita Federal. As ações têm como objetivo coibir atividades ilícitas como o tráfico de drogas, crimes ambientais, garimpos ilegais e contrabando na região de fronteira entre Brasil e a Colômbia. Mais de 3 mil militares participam das ações.