Líbia: Gripen foi reconhecido como o melhor no reconhecimento
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Informação vem do jornal sueco Stockholm News – mesmo com apenas 5 caças, suecos respondem por 37% dos relatórios de reconhecimento
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Na sexta-feira, 5 de agosto, o jornal sueco Stockholm News publicou matéria sobre o bom desempenho dos caças Gripen da Suécia em missões de reconhecimento sobre a Líbia – trata-se da primeira missão de caças suecos a jato em 50 anos. Segundo a matéria, está sendo atribuído ao Gripen o desempenho das mais efetivas missões de reconhecimento na coalizão da OTAN.
A aproximadamente 600 km ao sul da base de Sigonella, no leste da Sicília (Itália), ocorre uma sangrenta guerra civil na Líbia. Na base, operam cinco caças Gripen suecos, mas também aeronaves da Itália, Dinamarca, Turquia, França, Canadã, Estados Unidos, e Emirados Árabes Unidos – todos procurando atingir a meta comum de proteger a população civil da Líbia de ataques das forças pró-Kadafi.
Assim como outros caças a jato, o Gripen opera com equipamentos de reconhecimento muito bons. De uma altitude de 7.000 metros eles podem detectar pessoas, tanto vítimas quanto atacantes. Isso afeta psicologicamente os pilotos, conforme um deles atesta: “Podemos sentir a seriedade da missão. Quero dizer que estamos aqui para proteger pessoas que estão sofrendo lá embaixo.”
Quando um Gripen volta de uma missão, um grupo de técnicos rapidamente acessa a aeronave para baixar todas as fotos digitais que, rapidamente, são analisadas por especialistas. Duas horas depois, o relatório de reconhecimento está na mesa da liderança da OTAN.
Ainda segundo o jornal (com informações do Svenska Dagbladet), a eficiência e a qualidade sueca é apreciada: “Se há um alvo em especial que a OTAN está interessada, eles preferem que os suecos cumpram a missão. Isso me deixa um tanto orgulhoso”, diz o comandante da unidade sueca, Fredrik Bergman.
A falta de aeronaves de reconhecimento
A contribuição sueca de cinco aeronaves, em meio a 240 da missão internacional sobre a Líbia, pode parecer insignificante. Mas, contando-se apenas os aviões de reconhecimento, a Suécia representa um quarto do total. Além disso, os suecos contribuem com 37% dos relatórios.
A luta contínua entre as forças pró-Kadafi e os rebeldes, em vastas regiões do norte da Líbia, significa também uma necessidade contínua pelos relatórios suecos de reconhecimento. A falta de aviões de reconhecimento levou os britânicos a mandar quatro aviões Tornado extras para esse tipo de missão.
FONTE: Stockholm News (tradução, adaptação e edição – Poder Aéreo)
FOTOS: Forças Armadas da Suécia