Ministro da Defesa da Austrália não garante compra de 100 caças F-35

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Segundo reportagem da ABC News, o Ministro da Defesa da Austrália, Stephen Smith, levantou dúvidas sobre o projeto do F-35 ” Joint Strike Fighter project”. A reportagem de terça-feira, 26 de julho, informa que o Ministro se recusou a garantir que a Austrália comprará 100 caças F-35 fabricados nos EUA, dizendo que o projeto está chegando próximo aos acréscimos de custo e atrasos na agenda que a Defesa já colocou na encomenda.

Em declaração feita nos Estados Unidos, antes de um encontro com o Secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, o Ministro Smith deixou claro que a encomenda australiana, no momento, é de apenas 14 aeronaves. Ele disse à ABC News que “estamos no negócio para mais de 14 dos caças, mas não colocamos ainda uma encomenda firme ou compromisso para nada além de 14”.

A Austrália colocou no projeto uma “capacidade de extrapolação” no que se refere a custos e atrasos, mas o Ministro disse que “estamos começando a encostar nisso.” Ainda segundo Smith:  “Estamos bastante conscientes que tem havido atrasos na agenda e custos, e isso vai fazer parte de minhas conversas não apenas com o Secretário de Defesa Panetta mas cou outras autoridades.”

O custo de cada F-35 nos EUA subiu de  US$ 69 milhões cada para  US$ 103 milhões. A Austrália está pagando 3,2 bilhões de dólares pelos primeiros 14, o que representa 228 milhões por aeronave – um custo para comprar unidades de início de fabricação, para que os pilotos possam ser treinados no avançado caça-bombardeiro. O restante da encomenda de 16 bilhões de dólares será de aeronaves montadas mais adiante no ciclo de produção, quando os preços deverão ser mais baixos.

Porém, um relatório do Australian Strategic Policy Institute afirma que os atrasos no F-35 são um problema maior que o custo (clique aqui para acessar o relatório, em pdf, que já foi objeto de matéria  no Poder Aéreo). O ” think-tank” australiano afirma que a RAAF (Força Aérea Real Australiana) poderá ter que esperar ainda sete anos antes que o primiero F-35 entre em serviço, ou seis anos a mais do que o cronograma original.

FONTE: ABC News (tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo)

FOTOS: jsf.mil

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