Continuam as missões dos Mirages franceses no Báltico, com novo pessoal
No final do mês passado, foi trocada parte do pessoal que participa da ‘opération Baltic 2011’, que é o destacamento francês incumbido da defesa aérea dos Países Bálticos (Letônia, Lituânia e Estônia), como parte de um rodízio entre Forças Aéreas da OTAN. As operações de defesa aérea são feitas a partir da Base Aérea de Siuliai, na Lituânia, de onde operam os quatro caças franceses Mirage 2000 C desdobrados.
Com a substituição do pessoal no meio do mandato francês, o comando do destacamento passa do tenente coronel Bruno Cunat, comandante do esquadrão de caça 2/5 ” Île de France” ao tenente coronel Jean-Luc Daroux, comandante do esquadrão de caça 1/12 “Cambrésis”.
No rodízio de Forças Aéras da OTAN na defesa do espaço aéreo dos três países que entraram para a organização, mas que ainda não têm condições de realizarem essa tarefa (a prioridade tem sido, em geral, de reforçar primeiro suas forças terrestres), os próximos caças a cumprirem a missão deverão ser os F-16 da Dinamarca, a partir de setembro.
Até lá, os franceses deverão seguir o ritmo de dois voos diários (uma surtida de manhã e outra à tarde) como exercício tanto para eles quanto para o controle do espaço aéreo. Além disso, há o alerta 24 horas, que frequentemente rende interceptações reais, os chamados “Alpha Scramble” (veja links ao final desta matéria). Essa é a terceira vez que um destacamento francês cumpre um período no Báltico, desde 2007.
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E por falar em interceptação real, na quarta-feira (20 de julho) o Ministério da Defesa Francês divulgou nota sobre interceptação ocorrida em 12 de julho
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O alvo desta vez não é algo impressionante nas fotos como um avião de “transporte” russo, apenas três aviões de turismo. Mas até a identificação, todo alvo pode ser potencialmente perigoso. Como reação ao alerta de detecção de uma aeronave não identificada, com ordem de interceptação pelo Centro de Operação Aérea Combinado de Uedem, na Alemanha, um Mirage 2000 C decolou de Siuliai às 15h12 de 12 de julho.
O Mirage interceptou a aeronave proveniente da Polônia e a escoltou ao aeródromo militar de Adazi, na Letônia. Pouco depois, o Centro de Detecção e de Controle de Karmelava, na Lituânia, ordenou a interceptação de dois outros aparelhos não identificados, que foram interceptados e escoltados a Adazi pelo Mirage.
Nos três casos, os pilotos dos pequenos aviões de turismo, todos de nacionalidade alemã, não haviam entregue planos de voo, o que é obrigatório para que pudessem cruzar fronteiras. Duas das aeronaves tinham matrícula alemã, a outra, romena.
Como as três aeronaves detectadas não podiam ser identificadas sem o uso de um meio ativo de segurança aérea, o caça francês foi acionado. O Ministro da Defesa da Letônia, Artis Pabriks, disse à imprensa local que o fato demonstra a eficácia do sistema de interceptação.
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“Rotina” em Siuliai também foi quebrada com exercício de emergência na base–
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Em 7 de julho, foi realizado em Siuliai o exercício Thunder 2011, com o objetivo de se aprestar o pessoal para procedimentos de urgência em catástrofes, como salvamento, segurança e combate a incêndios. O exercício é realizado anualmente pela Força Aérea da Lituânia desde 2008. A novidade deste ano foi a participação da Força Aérea Francesa.
Foi simulada uma colisão, no solo, de um avião de transporte da Força Aérea da Lituânia (com 13 pessoas a bordo) e um avião de caça da mesma força (representado por um jato de treinamento L39, como se vê na foto), devido a condições de baixa visibilidade. Simulou-se um incêndio ocasionado por vazamento de combustível devido ao choque dos aviões, e exercitou-se o salvamento das pessoas da aeronave de transporte e do piloto de caça, assim como o atendimento médico às pessoas.
FONTES / FOTOS: Ministério da Defesa da França e Força Aérea Francesa (Armée de l’air)
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