Emirados desistem de motor mais potente e negociação do Rafale avança

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O Ministro da Defesa Francês Gerard Longuet disse nesta quarta-feira, 20 de julho, que a respeito de vendas externas do Rafale “há alguns países com problemas de orçamento, como é o caso do Brasil. Há outros com problemas políticos, como é o caso da Índia. Com isso, sobram os Emirados, e as conversas estão avançando.”

Segundo a Reuters, o ministro disse que os Emirados Árabes Unidos não estão mais exigindo um motor mais potente, o que antes era condição para o acordo. Ele também disse achar que os ataques aéreos do Rafale na Líbia ajudaram a balançar  a opinião do Governo dos Emirados: “As capacidades operacionais e de múltiplo emprego do Rafale estão sendo provadas diariamente com esses ataques aéreos. O conflito da Líbia também é uma clara demonstração de que a capacidade dos motores atuais é suficiente.”

A Dassault  ainda não conseguiu encontrar um comprador externo para o seu caça Rafale, de múltiplo emprego, que é cotado como um dos caças mais efetivos do mundo, mas também um dos mais caros. A fabricante francesa chegou perto de conseguir um acordo de vários bilhões de dólares com o Brasil, mas o Governo Brasileiro adiou sua decisão para 2012, e a Presidente Dilma Rousseff parece favorecer o concorrente F-18, da norte-americana Boeing.

A Índia selecionou para a disputa final do seu MMRCA (Avião de Combate Multitarefa de Médio Porte) o Rafale e o Eurofighter Typhoon, e as conversas estão andando para essa compra de 126 caças. Mas Longuet parece sugerir que chegaram a algum problema. O Ministro, porém, confia que a decisão do MMRCA será técnica, e não política. Sobre o assunto, ele disse que “as coisas parecem boas”, acrescentando que, no caso da Índia, o desempenho na Líbia também tem um efeito positivo.

FONTE: Reuters (tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo)

FOTO: Dassault

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