Líbia: os acertos dos Typhoons e Tornados e o poder dos helicópteros
Segundo briefings recentes, ataques de Typhoons e Tornados conseguem acertos acima de 98% e helicópteros de ataque contribuem decisivamente nas operações sobre a Líbia
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Reportagem desta segunda feira (18 de julho) da AINonline traz informações de briefings recentes sobre a Operação Unified Protector (intervenção da OTAN na Líbia), realizados em Bruxelas e Londres. Segundo uma alta patente que retornou de operações na Itália, os Tornados e Typhoons da RAF (Força Aérea Real Britânica) estão demonstando “uma incrível taxa de sucesso de 99% contra alvos fixos e de 98% contra alvos móveis.”
Mas o maior destaque está sendo dado à contribuição dos helicópteros de ataque AH-64 Apache britânicos e os Tigers e Gazelles franceses, que já destruíram mais de 300 alvos desde sua introdução, em 4 de junho. Voando à noite, eles trazem um “efeito psicológico e cognitivo muito válido”, segundo um oficial do Exército Britânico. O conjunto de armamentos (mísseis Hellfire ou HOT, foguetes e canhões) tem se mostrado mais adequado, comparado aos aviões de combate que operam a altitudes maiores, no ataque a veículos leves e pontos de controle das forças do regime líbio escondidas ou em áreas urbanas.
Até o início da semana passada, as forças já haviam voado aproximadamente 15.000 surtidas e atacado perto de 3.000 alvos. Segundo um porta-voz da OTAN, “nós degradamos a capacidade militar de Kadhafi até um ponto em que ele não é mais capaz de realizar nenhuma operação ofensiva de porte. Muitos altos servidores civis e comandantes militares desertaram do regime”.
Ainda assim, a OTAN não tem sido capaz de prevenir ataques de foguetes no enclave sitiado de Misrata, além de escaramuças por toda parte. E não há sinal de rebelião contra o regime em Trípoli.
A OTAN insiste que não há controladores aéreos avançados ou forças especiais operando em solo líbio. Para se ter a certeza de que alvos potenciais podem ser atacasdos sem risco a civis, tem-se utilizado dados de reconhecimento, inteligência, vigilância e de aquisição de alvos, muitas vezes ao longo de vários dias.
A França alega estar voando 25% de todas as surtidas, empregando aeronaves Rafale, Super Etendard, Mirage 2000D/N/-5, E-2C Hawkeye, E-3F AWACS e reabastecedores KC-135. As operações do Rafale deixaram Solenzara, na Córsega, e agora saem da base de Sigonella, na Sicília.
A OTAN assume apenas um incidente em que civis foram mortos em um ataque aéreo, ocorrido em Trípoli no dia 18 de junho devido a uma falha nas aletas traseiras de guiagem de uma bomba francesa AASM.
Os EUA continuam a realizar patrulhas com o UAV Predator e a Itália começou a operar seus dois primeiros UCAV Reaper a partir de Amendola, onde poderiam prover uma cobertura de 12 a 14 horas sobre a Líbia por voo, se autorizados pelo Governo Italiano.
Além disso (como já noticiado aqui no Poder Aéreo), tripulações da RAF estão voando em aeronaves RC-135 Rivet Joint dos EUA, devido à desativação dos últimos Nimrod R1 que operavam sobre a Líbia
FONTE: AINonline (tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo)
FOTOS: RAF (Força Aérea Real Britânica) e Armée de l’air (Força Aérea Francesa)