14 de julho: desfile de estatísticas francesas na Líbia

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No mesmo dia em que tropas desfilavam na avenida dos Champs Élysées, sobrevoadas por aeronaves da Força Aérea Francesa em comemoração à data mais importante da França (Queda da Bastilha), o Ministério da Defesa do país fechava os números da semana de operações aéreas sobre a Líbia.

Segundo o informe divulgado na tarde do dia seguinte, entre 7 e 14 de julho o dispositivo militar francês realizou uma média de 35 surtidas por dia, e  60% dessas missões foram de ataque ao solo. Essas cifras representam 25% das surtidas da OTAN e um terço das que visavam ataques ao solo.

Entre as 6h da manhã de 7 de julho e o mesmo horário de 14 de julho, os franceses realizaram aproximadamente 260 surtidas, conforme o detalhamento abaixo:

  • 154 surtidas de ataque ao solo, realizadas por aeronaves Rafale, Mirage 2000D e Mirage 2000N da Força Aérea Francesa, assim como pelos Mirage F1 CR (Força Aérea)  e Rafale (da Marinha) com Reco NG.
  • 20 surtidas de reconhecimento, realizadas por aviões Rafale e  Mirage F1 CR da Força Aérea e Rafale Marine / Reco NG da Marinha.
  • 26 surtidas de defesa aérea, com caças Mirage 2000-5 operando da Base de La Sude, em cooperação com o Qatar.
  • 21 surtidas de controle aéreo, com aviões E3F e E2C Hawkeye.
  • 26 surtidas de reabastecimento em voo, com aviões C135 e Rafale /Super Étendard M (modernizados) da Marinha
  • 16 surtidas do grupo aeromóvel

No período, ataques navais e aéreos franceses neutralizaram aproximadamente 80 objetivos, dos quais:

  • Perto de quarenta veículos militares diversos, nas regiões de  Zlitan, Misratah e Brega.
  • Aproximadamente vinte alvos de infraestrutura, como postos de comando e de combate, instalações técnicas e depósitos de veículos armados, nas regiões de  Misratah e Brega.
  • Duas peças de artilharia e de lançadores múltiplos de foguetes na região de Zlitan.

Paralelamente, navios da Força Tarefa (TF) 473 participaram do controle da zona marítima e aérea, missões de apoio a engajamento de helicópteros e ataques contra terra (notadamente as fragatas Chevalier Paul e Georges Leygues).

Dois dias antes do desfile de 14 de julho, o paralamento francês prolongou a operação ‘Harmattan’

O Ministério da Defesa da França também noticiou a aprovação do prolongamento da operação ‘Harmattan’, que é o nome da parcela francesa dentro da operação ‘United Protector’ da Otan, na Líbia. A autorização veio após debates na Assembléia Nacional, que prosseguiram no Senado em 12 de julho. O Governo aceitou que um novo debate será feito em setembro, caso o conflito não termine até lá.

Na abertura dos debates, o Primeiro Ministro François Fillon declarou:

“A decisão da França em intervir na Líbia foi bastante amadurecida, pesada, e só foi tomada ao cabo de várias semanas de pressões diplomáticas e avisos, deliberadamente ignorados por Kadhafi”.

“Há 4.400 homens e mulheres engajados, de uma forma ou de outra, na operação ‘Harmattan’, 800 na metrópole em um certo número de bases aéreas. Com 40 aviões de combate, 6 de apoio, 8 navios e 18 helicópteros de ataque engajados, a França é o país que mais contribui entre seus parceiros da OTAN e do mundo árabe.”

FONTES / FOTOS: Ministério da Defesa da França, Força Aérea Francesa e Marinha Francesa

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