Mirages franceses e Gripens suecos interceptam avião russo

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Mais uma interceptação de um avião russo foi realizada, sobre o Báltico,por aeronaves Mirage 2000 franceses desdobrados na Lituânia, com direito a participação de caças Gripen provenientes da Suécia. A missão ocorreu em 14 de junho passado, mas só foi informada uma semana depois pelo Ministério da Defesa da França.

Segundo o informe, um avião russo, em trânsito da Rússia para o enclave de  Kaliningrado, não estava emitindo sua identificação pelo transponder, e foi dada a ordem de decolagem e interceptação para dois Mirage 2000 C que operam a partir da base  Siauliai, na Lituânia, como parte do revezamento de países da OTAN para manter a defesa aérea dos três países bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia). A rede de radares dos três países, que segundo a nota cobre todo o espaço aéreo do Báltico, capta as aeronaves e, se necessário, caças são acionados para interceptar.

Após a interceptação do Ilyushin russo pelos Mirage 2000 franceses, o mesmo também foi interceptado por dois caças Gripen suecos, pois a aeronave seguia um plano de voo ao longo da fronteira com o espaço aéreo da Suécia. Os dois caças suecos acompanharam a aeronave russa até o limite do espaço aéreo de Kaliningrado, quando então voltaram à Suécia. Em seguida, os dois caças franceses voltaram à sua base na Lituânia.

FONTE / FOTOS: Ministério da Defesa da França

NOTA DO EDITOR: reparar que o Mirage 2000 francês que aparece na foto do alto (provavelmente feita pelo seu ala) está equipado com tanques externos de grande capacidade sob as asas, configuração que privilegia missões de maior duração. Já os dois caças Gripen aparentemente carregam apenas um tanque externo cada, sob a fuselagem, o que normalmente caracteriza  uma configuração que privilegia o desempenho na interceptação, em detrimento do alcance. Reparar também que, para acompanhar a baixa velocidade do avião russo, o Mirage voa com um ângulo de ataque um pouco maior que o do Gripen. Ambos têm asas em delta, mas os canards ativos deste último permitem manter essa baixa velocidade sem a necessidade de apontar o nariz tão acentuadamente para cima (característica compartilhada pelo sucessor do Mirage, o Rafale, que como o Gripen dispõe de canards ativos).

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