China concorda em fornecer mais 50 caças JF-17 ao Paquistão

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Segundo notícia divulgada pela Associated Press (AP) na sexta-feira, 20 de maio, a China concordou em fornecer ao Paquistão mais 50 caças a jato JF-17 Thunder, em um acordo firmado durante a visita a Pequim do Primeiro Ministro Paquistanês Yousuf Raza Gilani. As informações foram dadas por autoridades da defesa do Paquistão.

A visita de quatro dias de Gilani destacou os laços do Paquistão com a China, num momento em que se elevam as tensões com Washington devido à eliminação de Osama bin Laden, numa cidade paquistanesa, por forças especiais dos EUA. Está sendo entendido que o Paquistão quer mostrar a Washington que tem uma forte alternativa diplomática num aliado como a China, que não o critica.  

A cooperação de defesa é um dos aspectos fundamentais do que Paquistão e China chamam de “amizade independente das condições climáticas” (all-weather friendship) expressão que Islamabad destaca em contraste com as relações mais instáveis com Washington.

A visita de Gilani foi planejada há bastante tempo como parte das comemorações de 60 anos dos laços diplomáticos entre China e Paquistão. Gilani encontrou-se com altos líderes chineses e presenciou a assinatura de três acordos de cooperação em tecnologia e economia, finanças e mineração.

Entregas em seis meses

O Ministro da Defesa Ahmad Mukhtar disse que o Paquistão deseja que a entrega dos jatos JF-17 Thunder seja feita em seis meses. Trata-se de um caça multitarefa desenvolvido em cooperação entre a China e o Paquistão. Mukhtar, que estava em Pequim com Gilane, não deu detalhes sobre o financiamento do acordo, mas o preço de cada aeronave varia entre 20 a 25 milhões de dólares – mais alto do que as estimativas de 15 milhões de muitos especialistas em defesa. Ainda segundo especialistas em defesa, as aeronaves, conhecidas como FC-1 Xiaolong na China, são oferecidas para exportação como substitutos de boa relação custo-benefício para velhos caças como o MiG-21 e o Northrop F-5.

O esquadrão inicial do Paquistão, com 14 aeronaves, foi utilizado junto com caças F-16 de fabricação norte-americana para bombardear pontos fortes de insurgentes no sul de Waziristan, em 2009, e era esperado que a Força Aérea do país adquirisse mais.

O Ministro das Relações Exteriores da China disse que não tinha informações sobre o acordo, e ligações para o Ministro da Defesa não foram atendidas.

FONTE / FOTO DO MEIO: Associated Press e Reuters via Yahoo News (tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo)

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