Caças Gripen suecos ultrapassam marca de 100 missões sobre a Líbia
No último domingo, 15 de maio, as Forças Armadas da Suécia divulgaram que os caças Gripen desdobrados na Sicília já ultrapassaram a marca de 100 missões sobre a Líbia, como parte da operação liderada pela OTAN para manutenção da zona de exclusão aérea sobre o país. O marco de 100 missões foi ultrapassado em 11 de maio e também significa que cada um dos dez pilotos de Gripen destacados já voaram, cada um, pelo menos dez missões.
Nessa operação, a parte que cabe ao destacamento sueco é a realização de missões de reconhecimento, fotografando qualquer ameaça à zona de exclusão, desde posições antiaéreas a bases aéreas. Segundo o informe, os voos sempre envolvem risco, pois há ocasiões em que as aeronaves da coalizão são iluminadas por devesas antiaéreas, segundo um piloto sueco. Isso significa que, no solo, ainda há radares procurando por aeronaves no ar, o que é detectado pelos sistemas de alerta radar dos caças.
Como o passo seguinte após o avião ser iluminado pode ser o lançamento de um míssil terra-ar, trata-se de uma ameaça à zona de exclusão aérea, e por isso mesmo essas possíveis ameaças são fotografadas pelos caças suecos.
Algumas estatísticas:
- Do primeiro voo em 7 de abril até 12 de maio o destacamento completou 104 missões na operação sobre a Líbia;
- Aproximadamente 65.000 fotos foram tiradas com o pod de reconhecimento;
- Aproximadamente 153.000 litros de combustível foram supridos pelo avião de reabastecimento aéreo sueco.
Mas as ameaças aos voos não são apenas dos radares que iluminam os caças. Segundo informe anterior, as condições de operação às vezes podem causar danos aos caças, um deles bastante enigmático: em duas aeronaves, foram detectadas trincas nos párabrisas após uma missão.
Especula-se se teriam sido causadas por uma tempestade de areia ou de raios, eventos que ocorreram próximo às aeronaves. Para estudar melhor os motivos dessa situação inédita, planejou-se mandar os dois caças de volta à Suécia, sendo repostos por outros dois, provenientes da ala F21.
Como mostram as fotos abaixo, atenção especial é dada à checagem dos motores, inserindo cabos com câmera e luz em buracos planejados para esse fim, num procedimento similar à endoscopia. Além disso, é realizada a inspeção visual por dentro dos pós-queimadores.
FONTE / FOTOS: Forças Armadas Suecas
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