A Simplicidade da SMKB
A imagem acima é da nova bomba SMKB da Britanite/Mectron mostrada na LAAD 2011. O que chamou a atenção foram os cabos metálicos instalados na parte externa da bomba. A aparência não era das melhores, mas o objetivo é bem prático.
Quando os americanos começaram a testar bombas guiadas a laser foi testado um modelo simples da Texas Instruments e um mais complexo da North Amerian Aviation´s Autonetic. O modelo da Texas Instruments usava controle tipo “bang-bang”, movendo na base do tudo ou nada e giro-estabilização. Já o modelo da Autonetic manobrava com canards com navegação proporcional e um detector laser instalado em um sensor do míssil Sidewinder reciclado e modificado. O modelo da Autonetic foi logo abandonado pela USAF já nas fases iniciais dos testes mesmo tendo um padrão de melhoria igual às bombas da Texas Instruments por ter um sistema de guiamento bem complicado.
O disparo do modelo da Autonetic também era complicado, com vários passos e procedimentos. O piloto tinha que mergulhar a dois graus e iluminar o alvo até a bomba adquirir o alvo. Depois ligava a bomba no modo acompanhamento e iniciava a saída do mergulho para alinhar com o alvo cerca de 2-3 segundos antes de disparar. Depois mergulhava a 16 graus para aquisição do alvo tinha que ligar a energia da bomba e disparar. A interface com a aeronave exigia a instalação de cabos nos cabides. Os caças transportando a bomba não podia manobrar mais de 6 graus por segundo para não danificar o sensor. Havia outras limitações como não poder readquirir o alvo se for coberto por fumaça ou nuvens.
Já o modelo da Texas era bem simples operacionalmente pois era disparada como um bomba comum. Os eletrônicos eram ligados por um cabo de aço, como o da foto acima, que quando puxado durante o disparo acionava a bateria e a bomba passava a funcionar. A simplicidade permitia instalar em qualquer caça.
Para o piloto era como disparar uma bomba burra, só tendo que seguir a direção definida pela aeronave equipada com o designador laser. A técnica era basicamente disparar a 12 mil pés (cerca de 4 mil metros) em um cone de cerca de uma milha de diâmetro sendo difícil errar. Assim nasceu as primeiras bombas da série Paveway que atuaram com sucesso durante a Guerra do Vietnã, mas só passando a ter fama durante a operação Desert Storm.
A SMKB segue a mesma simplicidade. A troca de informação de dados do alvo com a aeronave vai ser do tipo Wireless com tecnologia comercial que irá baratear a integração com qualquer aeronave.