Em 40 missões, Gripens localizaram aviões e sítios antiaéreos na Líbia

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Em nota divulgada na última sexta-feira, 22 de abril, as Forças Armadas Suecas informaram que, desde a primeira missão no dia 7, o destacamento de caças Gripen sueco já cumpriu 40 missões sobre a Líbia. O objetivo principal das missões é manter a zona de exclusão aérea sobre o país do Norte da África, em apoio à coalizão da OTAN – as únicas exceções são voos para entrega de ajuda humanitária.

Os caças contam com o apoio de uma aeronave de transporte / reabastecimento em voo Tp84T (designação sueca para o KC-130 Hercules), vista acima realizando o reabastecimento de um Gripen. Segundo uma das notas divulgadas nas últimas semanas, o KC-130 sofreu um incidente duplo no início das operações. Após reabastecer dois caças, apresentou uma pane (quebra) de um de seus quatro motores. E, como se não bastasse, um pássaro colidiu com um de seus flaps ao se aproximar para o pouso com três motores funcionando. Mas, segundo a nota, tudo não passou de um incidente de rotina – sobressalentes foram enviados, a aeronave foi reparada (foto abaixo) e, dois dias depois, a voltou a voar em apoio aos caças.

Numa das missões realizadas pelos Gripens suecos, o pod designador laser Litening, usado como sensor complementar para o pod de reconhecimento da aeronave, captou aeronaves líbias no solo, em uma base aérea. Diversas vezes, as análises de milhares de imagens trazidas nas missões mostraram evidências de que ainda há aeronaves nas bases líbias – mas não se pode dizer em que estado estão os aviões.

A foto acima e o vídeo ao final da matéria mostram aeronaves líbias em uma base aérea, cuja pista foi bloqueada por diversos obstáculos, o que significa que não pode ser utilizada. Ainda assim, “é importante que a coalizão continue a monitorar a zona de exclusão aérea”, afirmou Stephen Wilson, que comanda o destacamento sueco.

“As missões não são sem risco, ainda há sistemas antiaéreos, o que é uma ameaça para as aeronaves da coalização. Já aconteceu desses sistemas serem utilizados”, complementa Wilson. Na imagem logo acima, vê-se um desses sítios captados pelo pod de reconhecimento do Gripen (imagem degradada para divulgação ao público). Abaixo, um Gripen em configuração com dois tanques externos sob as asas, um pod de reconhecimento SPK-39 /MRPS na estação ventral, um pod Litening em outro pilone sob a fuselagem e mísseis ar-ar IRIS-T nos trilhos das pontas das asas.*

FONTE / IMAGENS / VÍDEO: Forças Armadas Suecas

*NOTA DO EDITOR: peço desculpas aos leitores pois a matéria saiu com um erro na interpretação da foto e do texto original, em sueco. Infelizmente, a correção feita logo de manhã não apareceu na matéria por algumas horas, devido a um problema de sistema, o que foi remediado agora. Agradeço aos leitores que alertaram em comentários e e-mails sobre o erro, entre os quais um leitor sueco. Este editor promete melhorar sua leitura da língua sueca e não esquecer seus óculos.

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