China vai anunciar encomenda de aviões da Embraer na visita de Dilma

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Depois de muitas queixas do Brasil, país concordou em fazer um aceno positivo, na tentativa de mostrar disposição em abrir o seu mercado

Lisandra Paraguassu, Vera Rosa e Roberto Godoy

BRASÍLIA E SÃO PAULO – A China vai anunciar a encomenda de aeronaves da Embraer na visita que a presidente Dilma Rousseff fará ao país asiático. As negociações só continuam para definir o tamanho da encomenda. Depois de muitas queixas do Brasil, a China concordou em fazer um aceno positivo, na tentativa de mostrar disposição em abrir o seu mercado. Mesmo assim, houve muitas idas e vindas nas negociações.

O que está em negociação com a China é a encomenda de 50 aviões do jato de médio porte EMB-190, da Embraer, além de mais 25 do modelo ERJ-145. Na semana passada, no entanto, os chineses indicaram que ainda estavam fazendo cálculos e poderiam reduzir o tamanho do pedido pela metade, por causa da crise. A possibilidade de corte no pedido deixou Dilma muito contrariada.

A novela dos jatos da Embraer se arrasta desde o governo Lula, já que a planta industrial brasileira foi montada na China para fabricação do EMB-145. Mais recentemente, passou a se cogitar a possibilidade de produzir outros modelos.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou interceder em favor da Embraer e, no ano passado, chegou a enviar duas cartas ao governo chinês. Não obteve resposta. No Palácio do Planalto, muitos assessores de Dilma consideram que foi um erro a Embraer ter se instalado na China. Agora, a presidente quer renegociar o acordo e fará pressão nesse sentido. Seu objetivo é conseguir autorização de Pequim para ampliar a fábrica da Embraer no país, a fim de produzir o jato executivo Legacy.

FONTE: Estadão

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