Força aérea de Kadafi está destruída, diz comandante britânico
De acordo com vice-marechal do ar da RAF, aviões aliados podem voar impunemente pela Líbia
De acordo com o vice-marechal do ar, Greg Bagwell, a coalizão à frente da ofensiva na Líbia agora vigia de perto as forças terrestres de Kadafi. Bagwell afirmou ainda que atualmente é possível à coalizão que aplica a resolução do Conselho de Segurança da ONU voar “impunemente” pelo espaço aéreo líbio.
A declaração do comandante britânico foi feita em visita a uma base aérea em Gioia del Colle, no sul da Itália, onde estão os caças da Real Força Aérea Britânica (RAF, na sigla em inglês). “Estamos zelando pelas pessoas inocentes da Líbia e garantindo que sejam protegidas de ataques”, afirmou Bagwell. “As forças terrestres líbias estão sob observação constante e as atacamos sempre que elas ameaçam civis ou atacam aglomerados de civis”.
A coalizão cumpre a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas para implementar uma zona de exclusão aérea na Líbia. Para funcionar, a medida prevê a eliminação da defesa antiaérea e do poder de fogo dos aviões de Kadafi.
No momento, líderes das potências ocidentais debatem quem estará à frente de fato da intervenção na Líbia. Os Estados Unidos têm coordenado a ação, seguidos por França e Reino Unido. Os três países discutem passar a liderança da ofensiva à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
A coalizão formada por EUA, França, Reino Unido, Itália, Canadá, Qatar, Noruega, Bélgica, Dinamarca, Romênia, Holanda e Espanha deu início no sábado a uma intervenção militar na Líbia, sob mandado da resolução 1973 do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Nesta terça, Washington, Londres e Paris concordaram que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) deve desempenhar um papel na incursão.
A resolução da ONU prevê a criação de uma zona de exclusão aérea na Líbia e a tomada de “quaisquer medidas necessárias” para impedir o massacre de civis pelas tropas de Kadafi, que está no poder há 41 anos e enfrenta um revolta há mais de um mês. Desde o início da ação internacional, os insurgentes ganharam força.
FONTE: Estadão / BBC e Reuters