EUA, França, Reino Unido, Itália e Canadá ampliam ataques a Kadafi

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Não podemos ficar inertes quando um tirano diz a seu povo que não há misericórdia, diz Obama

Uma coalizão formada por EUA, França, Reino Unido, Canadá e Itália ampliou os ataques contra as forças do ditador líbio, Muamar kadafi, neste sábado, 19. Segundo o Pentágono, as Marinhas dos Estados Unidos e do Reino Unido lançaram mais de 110 mísseis do tipo Tomahawk vindos de submarinos posicionados no Mar Mediterrâneo para destruir 20 alvos de defesa antiaérea do coronel nas cidades de Misrata e Trípoli. A operação foi batizada de ‘Odisseia da Alvorada’ (Odissey Dawn, em tradução livre).

O presidente americano Barack Obama disse em Brasília ter autorizado uma limitada ação militar americana para proteger civis líbios de ataques das forças de Kadafi. “Não foi isto que os EUA, nem nenhum de nossos aliados procurou”, disse Obama, que voltou a rejeitar o uso de tropas terrestres. “Mas nós não podemos ficar inertes quando um tirano diz a seu povo que não haverá misericórdia”.

Há 25 embarcações da coalizão no Mar Mediterrâneo, segundo o Pentágono, entre eles três submarinos americanos. Onze deles (sic) são italianos, onze, americanos, um, britânico, um francês e um canadense.

Mais cedo, caças da Força Aérea Francesa realizaram uma série de quatro ataques contra forças terrestres de Kadafi nos arredores de Benghazi. Participaram da ação 20 caças Rafale e Mirage. Eles defendem uma área de 15 mil km² em torno da capital rebelde. A França deve enviar à Líbia amanhã o porta-aviões Charles de Gaulle, sediado no porto de Toulon.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, deu a autorização para a Real Força Aérea Britânica (RAF, na sigla em inglês) participar das operações. Ainda não há, no entanto, registro de bombardeios britânicos sobre a Líbia.

A Itália também enviou jatos para voos de reconhecimento sobre o espaço aéreo líbio e ofereceu a base da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para ser o centro de comando da operação. Caças canadenses estão a caminho do Mediterrâneo.

FONTE: Estadão (reportagem de Dida Sampaio/AE)

FOTOS: Força Aérea Canadense

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