Num momento em que se discute possibilidades de negócios envolvendo a aquisição do Super Tucano pelos EUA, vale a pena dar uma olhada no seu maior concorrente, na visão de um parceiro do principal fabricante.

A Lockheed Martin  trabalha em parceria com a Hawker-Beechcraft para desenvolver o AT-6 e destaca, em seu site, a necessidade de uma alternativa ao A-10 no Afeganistão. A USAF (Força Aérea dos EUA) está consumindo horas de voo valiosas do A-10 em operações de vigilância e ataque onde o espaço aéreo não é contestado. Daí a proposta de se empregar, nessas situações, uma aeronave turboélice.

Para converter dois treinadores Hawker Beechcraft T-6 Texan em aeronaves sofisticadas de vigilância com capacidade de ataque leve, o AT 6, a Lockheed Martin incorporou à aeronave sistemas de missão do A-10C Thunderbolt II (no caso, “precision engagement mission systems”). Os computadores de missão, os data links para ampliar a consciência situacional, tecnologia de mira montada no capacete e outros sistemas fazem do AT-6, segundo a empresa, o “irmão menor” do A-10.

Pontos fortes do AT-6, segundo a empresa:

  • Plataforma capaz, acessível esustentável para desempenhar missões múltiplas: treinamento de tripulações, treinamento de armas, NetCentric operacional, ISR e ataque leve em conflitos irregulares.
  • Desenvolvimento espiral do comprovado T-6A, da USAF, e T-6B, da USN, com reforço estrutural e um motor mais poderoso de 1.600 cavalos, o  Pratt and Whitney PT6A 68D.
  • O maior alcance em sua classe, podendo acomodar 95% dos tripulantes da USAF.
  • Arquitetura de sistemas de missão “plug-and-play”, com novas capacidades integradas, nivelando as atualizações de programas de voos operacionais do T-6B e do A-10C. 
  • Pilones flexíveis e reconfiguráveis, num total de sete estações externas.
  • Longa persistência, carregando dois tripulantes e armas
  • Integração de armas de emprego geral, guiadas a laser e internas.
  • Infraestrutura logística global de uma frota crescente, que inclui mais de 600 aeronaves, e que já ultrapassou a marca de 1,2 milhão de horas de voo.
  • Atendimento à demanda de requerimentos de missões de ataque leve e de reconhecimento armado, ao redor do mundo.

 

E você, qual a sua visão? Lendo os pontos acima e vendo o vídeo, dê a sua opinião: quais os pontos fortes do Super Tucano para se contrapor a esses, além das questões econômicas e políticas? As maiores chances de conquistar uma venda estão na Força Aérea dos EUA ou na Marinha / Corpo de Fuzileiros Navais? Veja também matérias anteriores sobre esse assunto, a seguir:

FONTE / FOTOS / VÍDEO: Lockheed Martin e Aviation Week

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