Super Tucano abatido?
Por Nelson Townes,
As causas do acidente ainda não foram explicadas. A imprensa foi proibida de se aproximar do caça e duas avenidas de acesso ao aeroporto e imediações foram interditadas. O Comando da Aeronáutica em Brasília publicou nota limitando-se a informar que o aparelho apresentou “problemas” e forçou o piloto, o 1º Tenente-Aviador Marcelino Aparecido Feitosa, a abandonar o equipamento em vôo, ejetando-se. Ele não sofreu ferimentos, mas foi hospitalizado para observação.
Como ele caiu sobre uma árvore, não foi localizado de imediato (só a Torre de Controle do aeroporto sabia, avisada pelo militar por seu rádio portátil.)
O secretário da Segurança Pública de Rondônia, Marcelo Bessa, esteve pessoalmente comandando os serviços de busca ao piloto ao lado de oficiais do Corpo de Bombeiros e da Aeronáutica
NoticiaRo.com, por sua vez, soube que o avião vinha de Cruzeiro do Sul, no Acre, e isso causa a suposição, ainda não confirmada oficialmente (e é mais provável que a FAB, como de costume, negue) que o avião estivesse retornando de uma missão de combate a narcotraficantes e possa ter sido avariado ao enfrentar algum avião estrangeiro também armado.
A avaria talvez tenha fragilizado o avião ao chegar a Porto Velho sob forte chuva. A FAB, que jamais confirmou os combates que ocorrem na fronteira noroeste do Brasil contra aviões do narcotráfico procedentes do Peru, da Colômbia e da Bolívia, não permitiria que os repórteres vissem marcas de balas nos aviões.
Cruzeiro do Sul, de onde vinha o A29 Super Tucano, está localizada no Vale do Juruá – rota internacional do narcotráfico. O que fazia um caça da FAB na região onde tráfico de drogas evoluiu ao ponto de dificultar as ações policiais?
Em Cruzeiro do Sul, fronteira com o Peru, distante cerca de 780 quilômetros de Rio Branco, capital do Acre, a policia vem tendo dificuldade para desmantelar a rede de narcotráfico internacional – dizem fontes dessa cidade.
Um morador disse que “as operações são lentas e demoradas, mas quando as quadrilhas são localizadas descobre-se que o poder e a influência dos traficantes vão além da força policial e judiciária.”
Localizada na regional do Juruá, Cruzeiro do Sul limita-se ao norte com o Estado do Amazonas; ao sul com o município de Porto Walter; ao leste com o município de Tarauacá e à oeste com os municípios de Mâncio Lima, Rodrigues Alves e com a República do Peru.
“A aeronave caiu por volta das 17h30 e causou grande barulho em toda a região. O piloto que comandava a aeronave conseguiu ejetar-se antes da queda. Ele caiu em uma árvore e foi resgatado por militares em um helicóptero” – relata o site Rondoniagora.
A primeira providência da Infraero foi bloquear o acesso da imprensa, que não podia se deslocar a nenhum lugar a partir da Avenida Lauro Sodré ou mesmo pela Jorge Teixeira. Essas duas vias foram interditadas completamente e o aeroporto fechado até às 18h45.
NOTA: a matéria tem como título original “Avião de caça da FAB cai em Porto Velho supostamente avariado após combate aéreo contra narcotraficantes no Acre” e não foi confirmada ou desmentida pelas autoridades competentes.
FONTE/FOTO: NoticiaRo.com
Mensagem de um leitor
Prezado Galante.
Eu encontro-me em Rondônia por motivos profissionais e tenho acompanhado de perto os fatos referentes a queda do A-29.
Não sei se você chegou a ler essa matéria sobre o Super Tucano abatido. Talvez seja de interesse da trilogia coloca-la no clipping, ainda mais pelo fato da matéria original ser de um jornal local, que teoricamente está mais perto e interessado no fato.
Como cidadão que fez um juramento de defender a pátria e seguindo o que a lei me permite, afirmo que há mais coisas do que está sendo relatado.
A matéria do link de certa forma é expeculativa, contudo há coisas muito piores na região da amazônia e na triplice fronteira (em Foz do Iguaçu) do que simplesmente o tráfico de drogas e armas. Quem sabe o dia em que o nosso povo conhecer a verdade, ela cobre os governantes por atitudes firmes.
Eu sei que você já foi militar, assim como eu fui. Sei como é não ter meios pra cumprir o dever. Hoje encontro-me em uma atividade ainda mais delicada que a atividade de Forças Armadas e Forças Auxiliares.
E com todo o respeito, mas estou cansado de dar meu sangue, de ver meus amigos serem mortos e simplesmente não contar com o apoio do nosso governo. Quando conseguimos um apoio grande não vai além de um eventual apoio áereo da FAB, EB ou MB (limitado a transporte, quando precisavamos de CAS), o máximo que já vi foi um R-99B fazendo sensoreamento remoto pra resgatar um agente perdido em campo.
Peço-lhe a gentileza, dado o alcance que a trilogia tem, de começar a abordar matérias referentes ao setor de inteligência e como tal setor influência nas operações e desenvolvimentos na área de combate. Não peço por mim, mas pelos diversos homens e mulheres que deram seu sangue nos últimos 4 anos pra evitar que uma tragédia acontecesse nesse país.
André
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