Agenda de discussões para visita de Obama ao país continua indefinida

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Selecionamos abaixo alguns trechos da matéria original, bem mais extensa, destacando as questões mais ligadas aos temas de Defesa. Para ler o texto completo (via Notimp da FAB), que trata também do comércio entre os dois países e outros assuntos de Relações Internacionais, clique aqui.

O interesse das empresas americanas no mercado brasileiro e a necessidade de apoio governamental para aumentar as exportações brasileiras aos Estados Unidos são, até agora, os principais assuntos escolhidos pelo Palácio do Planalto para marcar a visita do presidente dos EUA, Barack Obama, ao Brasil, em meados de março.

São praticamente nulas as possibilidades de que a presidente Dilma Rousseff escolha a americana Boeing para fornecer os novos caças da Força Aérea Brasileira, mas não se descartam convites aos americanos para fornecer equipamentos à Petrobras.

Não há, nem no Palácio do Planalto, nem no Itamaraty, muita esperança de que o presidente Obama traga o apoio a um assento permanente para o Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas, iniciativa que inauguraria uma fase inédita na relação entre os dois países.

Obama deve chegar na sexta-feira, 11 de março. Passará o sábado em Brasília, onde terá almoço no Palácio do Itamaraty, e, no domingo, irá ao Rio, onde está prevista a visita do presidente americano a favela controlada por Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Ele pretende falar ao público, no Rio.

Um graduado assessor de Dilma garante que é certo que, embora ela tenha determinado a revisão do processo de escolha para os novos caças da FAB, ela compartilha com o ministro da Defesa, Nélson Jobim, as desconfianças em relação às promessas americanas de transferência de tecnologia. Embora a Casa Branca tenha obtido apoio do Congresso americano para oferecer inéditas condições de transferência tecnológica, a cúpula do governo crê que qualquer reviravolta política no Legislativo dos EUA pode deixar o Brasil refém das decisões do governo americano na manutenção da frota da FAB, caso opte pelos aviões da Boeing.

Dilma não anunciará, pelo menos até meados do segundo semestre, nenhuma decisão sobre a compra dos caças, negócio que pode chegar a US$ 8 bilhões. A presidente, segundo um ministro, considera um anúncio desse tipo incompatível com o momento atual, em que o governo se esForça para mostrar austeridade no ajuste das contas públicas.

FONTE: Valor Econômico (reportagem de S. Leo), via Notimp

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