Jobim admite corte de até R$ 4,1 bilhões na Defesa; compra de caças não será afetada

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BRASÍLIA – O ministro da Defesa, Nelson Jobim, admitiu nesta terça-feira que a sua pasta deve perder até R$ 4,1 bilhões dos R$ 15,1 bilhões que estavam previstos para os gastos deste ano em função do corte inédito decidido pelo governo de R$ 50 bilhões no orçamento de 2011.

A expectativa é de que a tesoura do Executivo corte cerca de 36% dos recursos contingenciáveis da pasta, que somam entre R$ 10,5 bilhões e R$ 11 bilhões, segundo um técnico do Ministério da Defesa. Isso significa que o ministro terá que redistribuir cerca de R$ 6,9 bilhões que serão usados em manutenção operativa e projetos entre as forças.

– Vou chamar as forças e distribuir o corte entre elas _ disse Jobim, ao deixar a sede do Ministério da Fazenda, onde esteve reunido com chefe da pasta Guido Mantega e a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, além do secretário do Tesouro Nacional, Arno Agostin.

Apesar do corte expressivo previsto para o Orçamento da Defesa este ano, o ministro Jobim descartou qualquer impacto sobre a decisão da compra de aviões caças que está sendo avaliada pelo governo. A explicação está no fato de se tratar de um longo processo com sua “liturgia”, que deve demorar “no mínimo um ano”. Segundo Jobim, depois de aprovado pela presidente, o assunto é levado ao Conselho de Defesa Nacional, para voltar à presidente e, seguida, ser levado às forças para que discutam os contratos.

– Não há despesas orçamentárias previstas para este ano em relação aos caças. Mas a decisão da presidente tem que sair ainda este ano.

Os cortes da pasta, no entanto, podem afetar a incorporação de militares, que pode ser reduzida em 2011. Segundo Jobim, a Defesa recebe cerca de 70 mil homens por ano e esse número pode sofrer alterações.

FONTE: O Globo

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