Jobim admite corte de até R$ 4,1 bilhões na Defesa; compra de caças não será afetada
A expectativa é de que a tesoura do Executivo corte cerca de 36% dos recursos contingenciáveis da pasta, que somam entre R$ 10,5 bilhões e R$ 11 bilhões, segundo um técnico do Ministério da Defesa. Isso significa que o ministro terá que redistribuir cerca de R$ 6,9 bilhões que serão usados em manutenção operativa e projetos entre as forças.
– Vou chamar as forças e distribuir o corte entre elas _ disse Jobim, ao deixar a sede do Ministério da Fazenda, onde esteve reunido com chefe da pasta Guido Mantega e a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, além do secretário do Tesouro Nacional, Arno Agostin.
Apesar do corte expressivo previsto para o Orçamento da Defesa este ano, o ministro Jobim descartou qualquer impacto sobre a decisão da compra de aviões caças que está sendo avaliada pelo governo. A explicação está no fato de se tratar de um longo processo com sua “liturgia”, que deve demorar “no mínimo um ano”. Segundo Jobim, depois de aprovado pela presidente, o assunto é levado ao Conselho de Defesa Nacional, para voltar à presidente e, seguida, ser levado às forças para que discutam os contratos.
– Não há despesas orçamentárias previstas para este ano em relação aos caças. Mas a decisão da presidente tem que sair ainda este ano.
Os cortes da pasta, no entanto, podem afetar a incorporação de militares, que pode ser reduzida em 2011. Segundo Jobim, a Defesa recebe cerca de 70 mil homens por ano e esse número pode sofrer alterações.
FONTE: O Globo
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