Dilma discute caças com secretário dos EUA, Jobim nega acerto
A informação foi dada pela agência Reuters. Dilma, segundo o texto, só estaria esperando as garantias de transferência de tecnologia – questão-chave para o acordo. Normalmente, essa condição é vetada pelas leis dos Estados Unidos ou, se for o caso, derrubada pelo Congresso daquele país. Dilma teria manifestado a Geithner sua preocupação com essa transferência, indispensável para que o Brasil possa desenvolver sua própria indústria de defesa.
Em Paris, o jornal Le Monde divulgou com destaque a notícia da Reuters, que chamou de “uma novidade ruim”. Diz que a revelação teria sido passada “por uma fonte próxima do dossiê (da FAB, sobre o processo de escolha)”. E o jornal prossegue: “A nova presidente do Brasil teria declarado que o F-18 seria superior aos dois outros finalistas”. Ao final da nota, lamenta o fato de que “a venda desses aviões é um folhetim que parece jamais terminar para a Dassault”.
Negativa. Informado do episódio, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, negou ontem ao Estado que a presidente Dilma Rousseff já tenha dado uma opinião final sobre qual dos três modelos será o escolhido. Jobim voltou a lembrar que o assunto – que está na pauta do Planalto desde o início do primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – continua na mesa da presidente. O martelo só será batido, segundo Jobim, depois de encontro com o Conselho de Defesa Nacional, a exemplo do que já tinha sido feito na compra de submarinos pelo Brasil.
A informação corrente, no Planalto, é que a presidente não manifestou sua preferência por nenhum modelo. De acordo com alguns de seus auxiliares diretos, ela não fez nenhuma avaliação na conversa com Geithner .
A modernização da frota da FAB prevê a compra de 36 novos caças, a um valor estimado em US$ 6 bilhões.
FONTE/FOTO: estadao.com/Boeing
COLABOROU: ‘DrCockroach’