Reestruturação do programa do F-35 agradou à Austrália

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Mudanças beneficiaram a versão de decolagem e pouso convencionais, escolhida pelo país

Segundo nota do Ministério da Defesa Australiano (clique aqui para ler no original, em inglês), a reestruturação do programa JSF (Joint Strike Fighter), anunciada pelo Secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, agradou à Austrália.

Pela reestruturação, haverá uma extensão da fase de Projeto de Sistemas e Desenvolvimento e uma redução na cadência de produção dos primeiros lotes do F-35 Lightning II, com custos da extensão e de testes financiados pelos EUA.

Vale lembrar que há  três versões em desenvolvimento da aeronave:

1 –  F-35A, de decolagem e pouso convencionais (CTOL – Conventional Take Off and Landing) 

2 – F-35B, de decolagem curta e pouso vertical (STOVL – Short Take Off and Vertical Landing)

3 –  F-35C, para operações em Navios-Aeródromo (CV – Carrier Variant)

O Secretário Gates confirmou que a versão CTOL está cumprindo o cronograma e avançando satisfatoriamente.E é justamente essa versão que a Austrália está adquirindo (assim como a Força Aérea dos EUA- USAF). Segundo a nota, em 2010 a versão superou suas metas de testes de voo, enquanto que a versão STOVL está apresentando problemas significativos e, desta forma, passou para o final da fila na sequência geral de produção do JSF.

Para o Ministro da Defesa em exercício da Austrália,  Jason Clare, a versão CTOL adquirida pelo país “é menos custosa e complexa que outras versões. A reestruturação anunciada pelo Secretário Gates significa que que ela agora está na frente da fila de produção”. Além disso, essa reestruturação do programa irá reduzir o risco total do mesmo para a Austrália, sem afetar a data planejada para intrudução da aeronave no país.

A  aquisição dos primeiros 14 F-35 foi aprovada pelo Governo Australiano em novembro de 2009, e espera-se que as duas unidades iniciais desse lote sejam entregues em 2014. Dez aviões deverão, inicialmente, permanecer nos EUA para treinamento de pilotos e de equipes de manutenção, com os quatro restantes chegando à Austrália em 2017. A IOC -= Initial Operational Capability, ou seja, o início da operação do modelo – deverá ser atingida a partir de 2018.

Por fim, Jason Clare demonstrou pouca preocupação em relação a possíveis aumentos de custos, afirmando que a “Austrália sempre adotou uma perspectiva conservadora em relação aos custos estimados do JSF, e incluiu, de maneira explícita, fundos contingenciais no cronograma.”

FONTE: Ministério da Defesa da Austrália (tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo)

FOTOS: Lockheed Martin, via JSF.MIL

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