‘Dijon Boys’ participam de inauguração na Base Aérea de Anápolis
Emocionados, o Tenente-Brigadeiro-do-Ar Ivan Moacyr da Frota, Coronel-Aviador Jorge Frederico Bins, Coronel-Aviador Ivan Von Trompowski Douat Taulois, Coronel-Aviador Thomas Anthony Blower e Coronel-Aviador José Isaías Villaça participaram da solenidade, relembrando os momentos que vivenciaram na carreira militar a mais de 30 anos atrás. “É com muita satisfação que retorno a esta Base que marcou um dos momentos mais importantes da minha vida e fico muito grato por receber uma homenagem como esta” destacou o Coronel Bins.
Na mesma ocasião, aconteceu também o descerramento da placa com a nova designação recebida pela Base Aérea, intitulada, pelo Comandante da Aeronáutica, de “Campo Marechal Márcio de Souza e Mello”. A nova denominação é uma homenagem ao Marechal do Ar Márcio de Souza e Mello, que, quando Ministro da Aeronáutica, em 10 de agosto de 1969, escolheu a cidade de Anápolis para sediar a Base da Força Aérea Brasileira. A partir de 9 de fevereiro de 1972 foi iniciada a construção das primeiras edificações da 1º Ala de Defesa Aérea, incumbida de operar as aeronaves , os F-103, Mirage III. E em abril de 1979, a unidade cedeu lugar a Base Aérea de Anápolis e ao 1º Grupo de Defesa Aérea.
Sobre o F-103, Mirage III
As aeronaves F-103, Mirage III, foram escolhidas para equipar a primeira unidade de interceptação na América do Sul, na Cidade de Anápolis, que realizaria a defesa da recém-transferida capital federal.
O F-103, Mirage III realizou seu primeiro voo na cidade francesa de Bordeaux, em 6 de março de 1972. Em maio do mesmo ano, embarcou para a França um grupo de oito brasileiros, experientes pilotos de caça. O grupo iniciou a fase de treinamento, na Base Aérea de Dijon, com a responsabilidade de receber, operar e transmitir a doutrina de utilização da nova aeronave aos outros pilotos a serem classificados na 1ª Ala de Defesa Aérea. Esses oficiais ficaram conhecidos carinhosamente como os “Dijon Boys” pelos atuais pilotos de Mirage, em reconhecimento e respeito pela abnegação e pela competência com que conduziram à implantação da aeronave no Brasil.
As aeronaves voaram na Força Aérea Brasileira durante 32 anos, tendo participado das principais operações militares nesse período e formado um total de 223 pilotos de defesa aérea. Em 31 de dezembro de 2005, essas aeronaves foram desativadas, sendo substituídas no ano seguinte pelos atuais F-2000, Mirage 2000.
FONTE: Base Aérea de Anápolis
SAIBA MAIS: