Nesta última segunda-feira, 11 de outubro, a Sukhoi divulgou nota afirmando que completou a montagem geral de unidades do primeiro caça Su-35S de produção. O caça pertence a uma encomenda de 48 aeronaves do tipo, de um contrato assinado com o Ministério da Defesa da Rússia em 2009, durante o show aéreo MAKS. Os trabalhos para a o contrato foram iniciados no outono (do hemisfério Norte) de 2009, na fábrica KnAAPO do grupo Sukhoi em Komsomolsk-on-Amur.

Com o caça já no final da linha de montagem, as preparações para os voos de teste já estão em andamento. Segundo a empresa, este primeiro Su-35S de produção será entregue ao Ministério da Defesa Russo por volta do final do ano.

A Sukhoi também informou que está mantendo conversações com clientes no Sudeste Asiático, Oriente Médio e América do Sul, “ansiosos para rearmar suas forças aéreas com compras de Su-35.”

Ainda segundo a empresa, o Su-35 é um caça supermanobrável de 4ª++ geração, completamente modernizado. Ele emprega tecnologias de 5ª geração para assegurar superioridade sobre caças de classe similar.

Os destaques incluem uma nova suíte de aviônicos, baseada em um sistema digital de controle de informação que integra os sistemas embarcados, além de um novo radar de varredura eletrônica com maior alcance de detecção e com capacidade para acompanhar, e engajar, um maior número de alvos simultâneos: acompanhamento de 30 alvos aéreos, com engajamento de 8 deles, além de acompanhamento de 4 alvos no solo e engajamento de 2).

A empresa informa que o radar Irbis-E pode detectar alvos aéreos com uma 3m2 de “absolute cross section” a uma distância de até 400 km. O radar vem sendo desenvolvido desde 2004, com os primeiro testes de voo (laboratório voador) ocorrendo em 2007.

A Sukhoi também destaca os novos e aprimorados motores com vetoração de empuxo, assim como a variada suíte de armas de longo, médio e curto alcance: o avião pode carregar armas guiadas para ataques antiradar e antinavio, assim como bombas de uso geral, guiadas ou não guiadas. A carga máxima chega a 8.000 kg, para os quais estão disponíveis 12 estações de armas.

A assinatura do caça aos radares foi diminuída em várias vezes, quando comparada a caças de quarta geração. Segundo a empresa, isso foi conseguido com o emprego de componentes eletrocondutores no cockpit, a aplicação de cobertura que absorve sinais de radar e a diminuição do número de sensores protuberantes.  

Finalizando, o ciclo de vida para a aeronave é de 30 anos de operação, com uma vida útil da célula de 6.000 horas de voo, e de 4.000 horas para os motores.

FONTE / FOTOS: Sukhoi

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