Ativado o Esquadrão de Transformação Rafale, na base francesa de Saint-Dizier
Nesta quinta-feira, 7 de outubro, tanto o Armée de l’air (Força Aérea Francesa) quanto a Marine Nationale (Marinha Francesa) divulgaram notas com informações e fotos da cerimônia de ativação (termo usualmente utilizado no Brasil – na França, costuma-se utilizar “inauguração”) do terceiro esquadrão equipado com o Rafale – conforme noticiado no início da semana aqui no Poder Aéreo.
Trata-se de um esquadrão de conversão operacional para a aeronave, ou de “transformação”, seguindo ao pé da letra a sigla francesa ETR.
A cerimônia de ativação do ETR na Base Aérea 113 de Saint-Dizier, que já abriga os dois outros esquadrões de Rafale ativados na Força Aérea Francesa, foi presidida em 6 de outubro pelo Ministro da Defesa Francês, Hervé Morin. Segundo nota da Marine Nationale, o esquadrão foi criado em 1º de junho de 2010, tendo início oficial no mês de agosto (conforme nota do Armée de l’air), herdando as tradições do esquadrão 2/92 “Aquitaine”, cuja bandeira foi apresentada na cerimônia.
A formação conjunta no Rafale, de aviadores da Força Aérea e da Marinha, segue as determinações do Livro Branco de Defesa e da Segurança Nacional: “os aviões de combate da Força Aérea Francesa e da Aviação Naval serão reagrupados, sob o comando operacional do chefe de estado maior das Forças, em um único parque, compreendendo apenas o Rafale e o Mirage 2000D modernizado, com a gestão sob a responsabilidade da Força Aérea.”
O ETR está configurado para receber simultaneamente uma dúzia de estagiários (segundo nota da Marine Nationale, por um período de treinamento de 9 meses), tanto recém-formados quanto os que já voam outros aviões de caça. A cada ano, o esquadrão terá como objetivo formar oito estagiários recém-formados (seis da Força Aérea e dois da Aviação Naval), assim como quinze pilotos e navegadores / operadores de sistemas de armas já experientes.
Para cumprir esse objetivo, o esquadrão conta com aproximadamente vinte pessoas, principalmente instrutores de voo e monitores de simuladores de voo. Quanto ao equipamento, o esquadrão dispõe das aeronaves Rafale de Saint-Dizier, assim como do centro de simulação Rafale, além de um avião Rafale M (Marine – versão naval) destacado para a base, juntamente com dez mecânicos da Marine Nationale.
O ETR permitirá a padronização da utilização do Rafale, o estudo de novas táticas, além da análise e validação de conceitos / programas, gerando um ganho em polivalência para as tripulações de voo.
FONTE / FOTOS: Armée de l’air (Força Aérea Francesa) e Marine Nationale (Marinha Francesa)
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