Nova Deli, 04 de outubro: A Força Aérea Indiana tem uma carência de cerca de 600 pilotos e a metade de seu equipamento é obsoleto, mas essa tendência está invertendo, Marechal do Ar Pradeep Vasant Naik disse aqui hoje.

“Não é como se fossemos incapazes”, disse ele. “Por quase 10 anos, houve pouco dinheiro disponível, mas agora não é esse o caso.”

Menos pilotos estão optando por sair da força agora – atraídos pelas companhias aéreas privadas – do que antigamente. Em cinco anos, a “taxa de obsolescência” dos equipamentos cairá dos atuais 50 por cento para 20 por cento, afirmou Naik.

A IAF vai comemorar seu 78º aniversário nesta sexta-feira. A data é comemorada a cada ano como “Dia da Força Aérea”.

Houve uma carência “entre 550 e 600” (pilotos). “Mas a taxa de atrito inverteu já há algum tempo”, disse ele, o que significa que mais pilotos estavam entrando na Força do que a estavam deixando.

Mas, com a IAF expandindo a sua frota de aeronaves – aeronaves Airborne Early Warning (AWACS) foram incorporadas este ano – a procura de pilotos nas áreas de helicópteros, de transporte, de caça está-se multiplicando.

A IAF está agora no meio do processo de escolha de 126 aeronaves de combate médio multifunção (MMRCA). Dependendo da seleção, esses aviões podem ser monopostos ou bipostos. No caso de serem escolhidos bipostos, a IAF necessitará mais pilotos de caça do que nunca.

Naik informou que a IAF apresentou o seu relatório de avaliação sobre os ensaios dos aviões de combate para o Ministério da Defesa. Agora é atribuição do Governo de fazer o “short list” dos seis concorrentes, para aquele que é atualmente o maior contrato mundial de defesa.

Os seis concorrentes são o F-16 Super Viper, o F/A-18 Super Hornet, o Gripen NG, o Rafale, o Eurofighter Typhoon e o MiG 35.

Naik afirmou que cobrir as lacunas na defesa aérea está no topo de sua lista de prioridades, assim como a IAF procura equacionar a obsolescência tecnológica.

Aquisições de radares mais precisos, mísseis terra-ar e de um sistema de defesa contra mísseis estão no topo da lista de compras.

Há também uma escassez de cerca de 50.000 graduados (abaixo do nível de oficial). Ele disse que, em dois anos, a IAF iria recrutar 30 mil funcionários adicionais.

Naik afirmou que a IAF estava planejando comprar entre 200 e 250 “Fifth Generation Fighter Aircraft” (FGFA). O programa FGFA é uma joint venture com a Rússia. Ele ainda está na prancheta. Se o desenvolvimento for cumprido conforme o cronograma, a introdução desses caças de quinta geração pode começar em sete anos a partir de agora.

FONTE: The Telegraph / COLABOROU: Justin Case

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