Índia e EUA finalizando acordo de US$5,8 bilhões em aviões da Boeing
Segundo a Reuters, a Índia pretende finalizar um acordo de defesa no valor de 5,8 bilhões de dólares com os Estados Unidos, antes da visita do presidente Barack Obama. O acordo deverá ser o maior já realizado entre os dois países, na área de defesa.
As conversações têm como tema a aquisição, pela Índia, de 10 aviões de transporte C-17 Globemaster, fabricados pela Boeing, conforme afirmações de autoridades do governo na quarta-feira, acrescentando que as duas partes pretendem fazer o anúncio durante a visita de Obama.
Índia e EUA estão construindo uma aliança estratégica e, segundo especialistas em segurança, os laços crescentes de Nova Deli com Washington são um contrapeso ao crescimento da influência militar da China. índia e Estados Unidos já assinaram um acordo civil nuclear em 2008 que é considerado um marco, além de um pacto em julho do ano passado que facilita a entrada de empresas dos EUA, como a Lockheed e a Boeing, no lucrativo mercado de defesa indiano.
Em janeiro, Nova Deli já havia expressado seu interesse em comprar o avião de transporte pesado C-17 Globemaster, capaz de carregar grandes equipamentos de combate e tropas.
“A Índia vai receber a mais avançada versão disponível do C-17, que inclui as últimas modernizações e capacidades”, disse o Vice Presidente da Boeing de Defesa espacial e segurança para a índia, Vivek Lall, confirmando o acordo. Até hoje, a Boeing já vendeu 221 C-17 para diversos países, incluindo o Catar, o Reino Unido, a Austrália e o Canadá, segundo a empresa.
A Índia pretende gastar mais de 50 bilhões de dólares nos próximos cinco anos para modernizar suas forças armadas e grande número de equipamento da era soviética, num esforço focado após os ataques de Mumbai, em 2008, terem revelado lacunas em segurança e a necessidade de modernizar suas defesas.
Também é esperada a finalização de um acordo para a compra de 126 caças a jato, em que o Boeing F/A-18 Super Hornet também é um competidor, junto com o F-16 da Lockheed Martin, do francês Dassault Rafale, do russo MiG-35, do sueco Saab JAS-39 Gripen e do Eurofighter Typhoon, produzido por um consórcio de empresas europeias.