Israel está em negociações para fabricar as asas de cerca de um quarto dos novos aviões de combate F-35 “stealth” dos Estados Unidos, disse na segunda-feira um funcionário israelense.

A Lockheed Martin atualmente tem planos para fabricar cerca de 3.200 F-35, ao custo de cerca de US$ 96 milhões cada.

Um funcionário israelense, que não quis ser identificado, disse que a estatal Israel Aerospace Industries vai construir as asas.

“Estamos em negociações avançadas para que a IAI produza cerca de 800 conjuntos de asas”. A Lockheed Martin se recusou a comentar os detalhes de um possível acordo envolvendo a aeronave, também conhecido como Joint Strike Fighter (JSF).

No início deste mês, o ministro da Defesa israelense Ehud Barak aprovou, em princípio, a compra de 20 caças “stealth”, num negócio de US$ 2,75 bilhões.

Funcionários de Israel e dos EUA esperam a aprovação final desse acordo até o final de setembro. Os aviões serão entregues em 2015-2017. O custo da compra seria coberto por uma subvenção anual de defesa dos EUA, de US $ 3 bilhões.

Israel seria o primeiro país estrangeiro a assinar um acordo para comprar o F-35, fora os oito parceiros internacionais que ajudaram a desenvolver o avião.

Funcionários de Israel e dos EUA com conhecimento do negócio disseram que Israel tem a opção de comprar mais 55 aviões. “Israel provavelmente vai acabar fabricando uma parcela significativa do F-35”, disse um funcionário americano familiarizado com o negócio.

Um funcionário israelense disse que negócios de compras recíprocas de US$ 4 bilhões foram garantidos por empresas israelenses, para a sua participação na fabricação do avião e podem ser aumentados até 5 bilhões de dólares, embora exista a condição de que Israel exerça sua opção de compra adicional de 55 aviões.

O F-35 foi projetado para evitar a detecção por radar e poderia desempenhar um papel no esforço israelense para derrubar o que considera como ameaça à sua existência, representada pelo programa nuclear iraniano. Teerã nega as alegações ocidentais e israelenses de que está tentando produzir armas atômicas.

FONTE: ynetnews.com

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