Israel vai alugar novos jatos de treinamento para substituir Skyhawks
Em vez de pagar pelas aeronaves de treinamento, IAF fará locação de horas em jatos comprados pela Elbit e IAI
Questões financeiras e a diminuição dos orçamentos estão exigindo que a Força Aérea Israelense busque mecanismos inovadores de financiamento, uma vez que pretende continuar a modernização da sua frota de aeronaves envelhecidas.
O ministro da Defesa Ehud Barak deu sua aprovação provisória na semana passada para a compra de 20 caças “stealth” F-35 Joint Strike Fighters e a IAF está agora na fase final de apresentação oficial de um RFI (Request for Information) para os jatos de treinamento da Coreia do Sul e da Itália, que espera usar para substituir sua frota lendária de A-4 Skyhawk.
Conhecido pelos israelenses como o Ayit (Hawk), o Skyhawk chegou pela primeira vez em Israel em 1967, após a Guerra dos Seis Dias e foi o primeiro avião de combate que os Estados Unidos concordaram em vender a Israel. Ele serviu com destaque na Guerra do Yom Kippur, em 1973, e na Primeira Guerra do Líbano, em 1982.
Após a guerra, a IAF decidiu eliminar progressivamente a jato do serviço ativo e começou a usá-lo como um treinador avançado para cadetes na IAF no curso de piloto, depois de completar seu treinamento de vôo inicial em Fougas, que, recentemente, também foi substituído pelo turbo-hélice Beechcraft T-6.
A IAF está olhando seriamente dois candidatos para substituir o Skyhawk. O
primeiro é o italiano Alenia Aermacchi M-346 de treinamento transônico, usado
na Itália e Cingapura.
O Primeiro-Ministro italiano Silvio Berlusconi fez lobby pesado junto a Israel em
nome do fabricante do avião e este é visto como candidato líder dentro dos corredores diplomáticos, devido à estreita ligação do Primeiro-Ministro Binyamin Netanyahu com o seu homólogo italiano.
O principal concorrente do M-346 é o T-50 Golden Eagle feito na Coréia do Sul, em conjunto com a Lockheed Martin. O jato monomotor pode levar até dois pilotos em assentos em tandem, permitintido aos pilotos visibilidade superior. É considerado um dos melhores treinadores do mundo. No ano passado, pilotos da IAF voaram para a Coréia do Sul e fim de examinar a jato.
O fechamento do negócio, no entanto, foi adiado, devido a condicionalismos orçamentários – particularmente à luz do acordo pendente do JSF, que deverá custar à IAF em torno de 2,75 bilhões dólares por 20 aeronaves, que começarão a chegar em Israel em 2015.
Assim, em vez de pagar pelas aeronaves de treinamento, o Ministério da Defesa decidiu abraçar a proposta da Elbit Systems e da Israel Aerospace Industries (IAI), que vão adquirir os jatos de treinamento e, posteriormente, farão a locação de horas de vôo para a IAF.
FONTE: The Jerusalem Post
NOTA DO PODER AÉREO: Taí uma solução que também poderia ser adotada pela Força Aérea Brasileira, já que os Xavante param de voar em outubro.