A Operação Cruzeiro do Sul (CRUZEX) é um exercício aéreo multinacional de grande porte que reúne meios de diversas as Forças Aéreas seguindo o “modus operandi” empregado pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Neste exercício de dupla-ação, baseado em um conflito simulado de baixa intensidade, as Forças Azuis (Forças da Coalizão) combatem as Forças Vermelhas (Forças Opositoras). As Forças Aéreas dos países convidados compõem a Força de Coalizão no País Azul, contra a Força Oponente, sediada no País Vermelho.

Como nenhum país da América do Sul faz parte da OTAN, esta é uma excelente oportunidade para que as Forças Aéreas destes países tomem contato com as doutrinas e os procedimentos utilizados por aquela orga nização militar, a mais poderosa do planeta. Deve-se destacar que a operação ganha muito com a participação de dois paises membros da OTAN: França e EUA.

Dentre os países sul-americanos que costumam participar da Cruzex temos: Brasil (país sede e organizador), Argentina, Chile, Uruguai e Venezuela. Além deles, outros países comumente mandam observadores.
Entre os dias 3 e 7 de maio ocorreram as reuniões preparatórias da V Operação Cruzeiro do Sul (CRUZEX). Naquela oportunidade, além dos planejadores dos países participantes, incluindo os representantes da Venezuela, estavam presentes três oficiais generais, sendo um deles o General de Brigada Luis Rafael Viana España da Aviación Militar Bolivariana.

Porém, durante a execução da fase final de planejamento (Final Planning Conference), ocorrida entre os dias 16 e 18 de agosto, nenhum representante da Venezuela compareceu. Ao final da reunião, a ata foi assinada por representantes do Brasil, Chile, Uruguai, Argentina, França e EUA. E a Venezuela?

Inicialmente estava programada a vinda de caças F-16A venezuelanos para a Cruzex V, como ocorrido em edições anteriores. Mas também fica a pergunta: por que os Sukhois nunca participam? Só para exemplificar, este ano o Chile estreará seus F-16 Block 50 em um exercício internacional fora do país e pela primeira vez por nestas bandas será visto um Rafale.

Acreditamos que a ausência da Venezuela será sentida por todos e o exercício perderá com este desfalque. Mas o maior prejudicado será mesmo a própria Força Aérea da Venezuela, que perderá a oportunidade de estreitar os laços com países amigos e tomar ciência de técnicas, conceitos e procedimentos no estado da arte com a participação de importantes países do cenário global. Deve-se frisar que exercícios desta natureza no continente sul-americano são escassos e no mesmo nível da Cruzex temos a Salitre no Chile, onde a Venezuela não costuma participar.

LISTA DE AERONAVES PARTICIPANTES
– A-4AR FAA
– KC-130 FAA
– A-29 Super Tucano FAB
– AMX A-1 FAB
– R-99 A AEW FAB
– Mirage-2000 FAB
– F-5 BR FAB
– F-16 C/D USAF
– KC-135R USAF
– F-16 C Block 50M FACH
– F-16 D Block 52+ FACH
– KC-135E FACH
– Dassault Rafale M Armée d´l Air
– Mirage 2000-5F Armeée d´l Air

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