Missões típicas do F-35 e suas configurações
No gráfico acima o F-35 dos Fuzileiros Navais americanos. O armamento interno seria usado no primeiro dia de operações e o externo a partir do segundo dia, quando as defesas do inimigo já estivessem destruídas
A propósito básico do F-35 Joint Strike Fighter (JSF) é cumprir as tarefas de ataque ao solo que agora são desempenhadas pelo F-16 Fighting Falcon, F-18 Hornet, and AV-8B Harrier.
Basicamente, o JSF foi pensando como caça-bombardeiro, para atuar em céus mais seguros que tenham sido limpos por caças de superioridade aérea como o F-22 Raptor e o F-15 Eagle.
A grande vantagem do F-35 é a grande quantidade de aeronaves que vai ser produzida, o que não pode ser feito com o F-22, pelo seu alto custo de aquisição.
O tamanho, desenho e capacidade do F-35 foram projetados pensando em missões de ataque.
O avião é primariamente um substituto para o F-16 e tem por essa razão dimensões parecidas com este. O F-22, por sua vez, é muito maior e tem tamanho comparável ao F-15, que foi projetado para substituir.
A capacidade de armas do F-35 e do F-22 são comparáveis às do F-16 e do F-15 respectivamente. Tanto o Eagle quanto o Raptor foram projetados primariamente para missões ar-ar, de superioridade aérea, com carga de mísseis ar-ar correspondente.
O F-22 tem quatro baias internas para mísseis, com duas baias laterais para mísseis AIM-9M/X Sidewinder e duas baias centrais para três mísseis AIM-120C AMRAAM cada.
O F-35, por ser uma aeronave bem menor, tem apenas duas baias internas e seis pilones externos nas asas como mostra a imagem abaixo, de duas versões do JSF, a CTOL e a STOVL. A versão naval embarcada tem uma asa muito maior.
Comparado com o JSF, o F-22 tem maior tamanho e volume interno. Entretanto, o F-22 também tem uma limitação importante: suas baias centrais foram projetadas em torno do AIM-120 AMRAAM que tem somente 3,65 m de comprimento e envergadura máxima de 0,45m. Essas dimensões são suficientes para as missões de superioridade aérea, mas para missões de ataque, as armas são maiores e mais largas que o AIM-120, por isso é muito difícil integrar armas ar-solo no F-22.
As únicas armas ar-solo que podem ser integradas ao F-22 são a GBU-32 JDAM guiada por GPS, que tem cerca de 3,05 m de comprimento e é baseada na bomba de emprego geral de 455kg, Mk.83 e as SDBs, que pesam cada uma 250 libras e com o triplo de alcance. Assim como as JDAMs, são guiadas por INS/GPS.
A maioria das armas ar-superfície são da classe de 2.000 libras (910kg), com comprimento em torno de 3,80 e 4,25 m, portanto muito grandes para caber no F-22.
Uma das características originais do projeto é que a estação ar-ar fica num trilho articulado, e sai quando a porta da baia se abre, como se vê na foto acima.
Com essas limitações em mente, os projetistas do F-35 fizeram as baias internas do avião paras as armas de 2.000 libras. As armas que ditaram predominantemente seu comprimento e profundidade foram as AGM-154 JSOW e GBU-31 JDAM de 2.000 libras.
Cada baia do F-35 tem duas estações de armas, como mostrado acima. Armas ar-solo como a JSOW e a JDAM são transportadas na estação mais externa. Armas ar-ar também podem ser transportadas nesta posição, mas normalmente são transportadas na estação mais interna, que é dedicada para esta função.
Na imagem abaixo, as armas que podem ser transportadas internamente pelo F-35:
Na imagem abaixo, as armas que podem ser transportadas externamente pelo F-35:
Nos gráficos a seguir, as missões típicas das variantes CTOL da US Navy e STOVL do USMC.
FONTE: Aerospaceweb.org / Apresentações da Lockheed Martin