P-3AM só no fim do ano
Novo lote de C-295 está em negocição
A FAB opera os aviões do modelo C-295 desde 2006. As aeronaves, num total de 12, foram compradas em 2005 e entregues ao longo dos últimos quatro anos. O modelo desenvolve missões dentro do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) e do projeto Calha Norte, que auxilia as populações em zonas remotas da região.
O contrato de aquisição de 12 C-295 também envolveu a modernização de nove P-3 Orion usados, comprados nos Estados Unidos. Os dois programas, avaliados em US$ 767 milhões, são desenvolvidos pela EADS CASA, unidade da Airbus Military. Segundo Ureña Raso, o primeiro P-3 modernizado será entregue à FAB no fim do ano. “Tivemos um problema na estrutura da aeronave, mas já foi completamente resolvido. Só estamos aguardando agora a chegada das novas peças que encomendamos da Lockheed, nos EUA”, explicou.
O P-3 Orion, fabricado originalmente pela Lockheed Martin, será usado pela FAB na proteção da Zona Econômica Exclusiva (ZEE), controle de fronteiras e em missões de busca e salvamento em uma área de 6 milhões de quilômetros quadrados, atribuídas ao governo brasileiro e que cobrem praticamente todo o Atlântico Sul.
O modelo C-295 na versão para patrulha marítima (com sensores adaptados para esse tipo de missão), segundo Ureña-Raso, também é operado pelas forças aéreas do Chile , Portugal, Estados Unidos e Espanha. A aeronave, que possui vendas totais de 80 unidades, carrega até nove toneladas de carga e 71 militares. “Nas missões de ajuda humanitária ao Haiti, a FAB enviou quatro C-295 de sua frota para apoiar as operações. México e Colômbia também enviaram seu apoio aos EUA através dessa aeronave”.
O executivo da Airbus Military disse que o programa de aquisição dos aviões da EADS-CASA e a modernização da frota de P-3 Orion, da FAB, incluiu cooperação entre empresas do grupo europeu e do Brasil. “São equipes mistas de engenharia de ambos os países trabalhando juntas na transferência de tecnologia para o Brasil”, disse. O acordo de offset (compensação tecnológica) para esses contratos prevê contrapartida de 120% por parte da EADS. Entre as beneficiadas está um consórcio de pequenas fornecedoras do setor aeronáutico brasileiro e a Atech.
FONTE: Valor Econômico, via Notimp
NOTA DO BLOG: a questão dos problemas na estrutura dos P-3A já haviam sido previstos pelo Poder Naval. Uma versão do texto econtra-se no site da ABRAPAT
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