Participação de Portugal no programa KC-390 foi tema de encontro com primeiro-ministro
Eduardo Bonini, um dos cerca de 20 empresários que hoje de manhã se reuniram com o primeiro-ministro, José Sócrates, no âmbito de uma visita que este vai fazer ao Brasil e à Venezuela, disse que esta é uma possibilidade, mas que tudo depende de estudos em curso.
“Foi discutido como sendo uma possibilidade. Ainda estão a ser feitos estudos pelo lado português para ver a viabilidade do projeto antes da tomada de decisão”, referiu Eduardo Bonini.
O projeto do KC-390 é do governo brasileiro, que utiliza a Embraer como ferramenta para o desenvolvimento e produção do avião. “Numa parceria entre o governo brasileiro e português, Portugal poderia pedir partes do projeto a ser desenvolvido, no qual estariam a ser beneficiadas empresas portuguesas no fornecimento e desenvolvimento de segmentos dessa aeronave“, explicou Bonini.
O avião de transporte militar KC-390, da Embraer, seria uma alternativa aos C-130 Hercules atualmente usados pela Força Aérea Portuguesa.
Questionado sobre a viabilidade de investimentos na área da defesa numa altura de crise financeira e contenção, o presidente da OGMA disse que essa seria a porta de saída da crise.
“[Investir em material de defesa] é exatamente a saída da crise financeira, pois gera mais oportunidades, não só de emprego como no desenvolvimento de produtos. Estaria a capacitar o país no desenvolvimento de segmentos aeronáuticos que depois poderiam ser fornecidos a outros países”, disse o mesmo responsável.
“Investir hoje no desenvolvimento de uma aeronave gera empregos diretos e uma infinidade de empregos indiretos”, sublinhou.
Também presente na reunião com José Sócrates, o empresário Francisco Van Zeller disse que é uma possibilidade Portugal avançar para esse projeto.
“É concerteza uma possibilidade o Governo português entrar nesse projeto [do KC-390] e faz parte da estratégia de lançamento do nosso cluster aeronáutico, mas para isso vão ser precisos investimentos que nós já estamos a fazer no Brasil”, disse.
“Trata-se de substituição de aviões antigos, tanto lá como cá. E depois há a manutenção. Nós temos grande manutenção que poderá ser transferida para lá porque eles não têm capacidade suficiente. E mesmo a construção [dos aparelhos] pode ser feita cá, portanto tudo isso foi discutido” na reunião, acrescentou Van Zeller.
FONTE:ionline
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