Na terça-feira passada, 11 de maio, a Marotta Controls informou que a Marinha dos EUA (USN) fez uma encomenda adicional de um número superior a 350 M-PACT. Com a nova encomenda, cujo valor excede 6 milhões de dólares (10,6 milhões de reais),  segundo a empresa, a quantidade de M-PACTs adquiridos pela USN no contrato supera 1.000 sistemas, para uso em aeronaves F/A-18 das versões A a F (do Hornet ao Super Hornet).

O M-PACT é um sistema embarcado gerador de ar puro de alta pressão (high-pressure pure air generation systems – PAGS). Comprimindo e retirando a umidade do ar, ele fornece um fluxo contínuo e ar puro e seco para o resfriamento das cabeças de busca de mísseis ar-ar. O M-PACT pode ser instalado tanto no lançador LAU-7 quanto no LAU-127 dos F-18, servindo como uma substituição direta das garrafas de nitrogênio empregadas tradicionalmente para resfriar os mísseis.

A empresa também informou que a integração das tecnologias do M-PACT em outras plataformas está em andamento. Em conjunto com a Boeing, a Marotta está trabalhando para integrar o sistema nos P-8A Poseidon da USN, para fornecer o ar comprimido de alta pressão necessário para lançar armas dos pilones da aeronave, tanto os da fuselagem frontal quanto os debaixo das asas.

FONTE / FOTO DO M-PACT: Marotta Controls

FOTO DO SUPER HORNET: USN

NOTA DO BLOG: grosso modo, um sistema do tipo pode ser comparado, nas vantagens que traz para a capacidade autônoma de aeronaves de combate, ao OBOGS (On-Board Oxygen Generating System), que “produz” oxigênio para o piloto e dispensa a instalação e recarga de garrafas de oxigênio, permitindo missões de maior duração.

No caso, o sistema que dispensa as garrafas de nitrogênio, tradicionalmente utilizado para resfriar as cabeças IR dos mísseis, pode contribuir para uma maior capacidade de autonomia da aeronave em relação aos sistemas de apoio de bases, em situações de desdobramento, sem que essa dependa do fornecimento / recarga de garrafas .

Um interessante artigo que saiu originariamente no site da Associação Brasileira dos Pilotos de Caça (ABRAPC) e foi publicado também aqui no Poder Aéreo, discute justamente essa questão da autonomia, no escopo maior de emprego de mísseis ar-ar nos A-29 da FAB. Vale a pena ler o artigo mais uma vez, disponível no topo da lista dos links abaixo.

Vale lembrar que os lançadores LAU-127, que na USN estão recebendo o sistema M-PACT, fazem parte da proposta já divulgada do Super Hornet da Boeing para o F-X2 (total de 144 unidades – veja o último link da lista abaixo).

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