Azul investe US$ 20 milhões em simulador de voos
Usado para treinamento de pilotos, o equipamento é uma réplica dos aviões da Embraer da frota da companhia aérea
O comandante avisa os passageiros que a aeronave vai pousar no Rio de Janeiro. Na janela do avião, vista para o Pão de Açúcar. Todos ouvem o som dos pneus da aeronave deslizando na pista do aeroporto Santos Dumont. Poderia ser uma operação comum, mas esse foi o voo de inauguração do simulador da Azul, na última quarta-feira, na sede da companhia, em Alphaville.
Com um investimento de US$ 20 milhões, a Azul foi a primeira companhia aérea da América Latina a adquirir um simulador próprio. O equipamento será usado para treinar os pilotos da companhia em um modelo que reproduz as aeronaves da Embraer, idênticas às 15 da frota da Azul.
O investimento no simulador visa aumentar a segurança nos voos da companhia, afirmou o fundador da Azul, David Neeleman. Com mais treinamento, os pilotos estarão mais preparados para enfrentar as diferentes situações durante os voos. “Esse simulador consegue reproduzir fielmente tudo que a aeronave real possui, desde o voo normal a simulação de todas as falhas e panes que uma aeronave possa ter”, afirma o vice-presidente operacional da companhia, Miguel Dau.
Menos custo, mais receita
Além de reforçar a segurança, a Azul também investiu no equipamento para reduzir o custo de treinamento dos seus pilotos. O simulador reduzirá em R$ 5 mil o custo de formação de cada piloto, que chega a R$ 25 mil, segundo Dau. Assim como na redução de despesas, a Azul pretende gerar receita com a cessão do equipamento para o treinamento de pilotos de outras companhias aéreas. Até o momento, quatro empresas já se interessaram: Trip, Embraer, Lan Moçambique e as Força Aérea Brasileira.
O simulador vai operar todos os dias, com cinco sessões de quatro horas de duração cada uma. Para treinar um piloto, a Azul exigirá 60 horas de voo no simulador. O treinamento é apenas para pilotos comerciais formados, que receberão instruções específicas para operar as aeronaves da Embraer.
FONTE: iG