Virou lugar-comum dizer que somente a Dassault (e suas consorciadas Snecma e Thales) pode transferir 100% da tecnologia do Rafale porque o conglomerado de empresas francesas produz tudo o que o caça necessita. Verdade? Não é bem assim.

Sabe-se que o Rafale emprega o chip PowerPC da IBM. (Aliás, todos os três caças do Short list empregam o chip da empresa norte-americana) O próprio conglomerado “Rafale Internacional” esforça-se para produzir um equivalente local do chip, pois este é um componente sensível que pode ser barrado para determinados clientes. Mas além do chip norte-americano existem outros componentes “estrangeiros” no Rafale que são menos conhecidos.

Segundo o site da empresa LMB, subsidiária francesa do grupo norte-americano Honeywell (a mesma que fornece diversos equipamentos para os jatos da Embraer) o Rafale também é equipado com ventoinhas (“fans”) de aplicação aeroespacial produzidas pelo grupo.

Além disso, a própria Honeywell é responsável por uma série de outros sistemas do caça francês. Abaixo uma lista de fornecedores não-franceses que contribuem para o programa Rafale (fonte: World Military & Civil Aircraft Briefing, September 2009).

Além da norte-americana Honeywell também contribuem com outros sistemas empresas estrangeiras como  a britânica Matin-Baker e a Liebherr.

Por último, é preciso dizer que praticamente todos os aviões do Ocidente que possuem um pouco de tecnologia mais sofisticada a bordo carregam algum tipo de componente produzido nos EUA. Não há como escapar disso.

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