O projeto do Eurofighter foi submetido a várias avaliações operacionais. Essas avaliações foram levadas a cabo independentemente do consórcio Eurofighter, principalmente pela DERA britânica, a Defence Evaluation and Research Agency (agora divididas em QinetiQ e DSTL).

Diferentemente de estudos teóricos anteriores, a análise do Eurofighter utilizou a abordagem do uso de simuladores de voo por computador. Isto foi conseguido através do emprego de computadores ligados em rede denominados JOUST, num campo de batalha virtual, onde cada um era pilotado por um piloto humano real.

O sistema foi usado exaustivamente para avaliar a performance BVR do Eurofighter e outras aeronaves contra uma versão modernizada do Su-27 Flanker (comparável ao Su-35 Super Flanker e seus equivalentes). Os estudos investigaram todos os aspectos das melhores performances da maior parte dos sistemas de cada aeronave; aviônica, estrutura (incluindo dados de RCS), performance do motor (incluindo consumo de combustível), defesas e interface homem-máquina. Nos testes, o caça francês Rafale usou o míssil MICA (que ainda é o principal armamento ar-ar francês) enquanto os outros caças ocidentais (veja lista abaixo) usaram o AMRAAM.

As simulações concluíram que o Eurofighter venceria 82% dos combates (100% venceria sempre, 0% perderia sempre, 50% igualaria a paridade) contra o Flanker. Outra forma típica de apresentar o dado é na forma de “kill ratio” 4.5:1, ou seja, para cada Eurofighter abatido, seriam abatidos 4.5 Su-35.

Em comparação, os outros caças teriam as seguintes “kill ratios”: F-16 (0.3:1), F-15C (0.8:1), F-18C (0.3:1), F-18+ (0.4:1 – não era o Super Hornet na simulação, mas uma versão melhorada do F-18) e o Dassault Rafale (1:1). O único caça que superou o Eurofighter foi o F-22 Raptor, com “combat exchange ratio” de quase 10.1:, ou seja, para cada F-22 abatido, teríamos 10 Super Flanker derrubados.

Somando-se aos resultados da performance de combate, foram feitas avaliações individuais. No combate BVR uma questão fundamental é a aceleração em médias altitudes e nesse quesito o Eurofighter iguala o F-22 à Mach 0.9 e 22.000 pés de altitude.

Em velocidades supersônicas (Mach 1.6 e 36.000 pés), a taxa de giro sustentado do Eurofighter supera todos os outros, menos o F-22, mas na taxa de giro instantâneo o Eurofighter foi superior.

Em baixas altitudes, o Eurofighter pode acelerar de 200 nós a Mach 1.0 em menos de 30 segundos. Como na performance em velocidade supersônica, o Eurofighter superou a todos, menos o F-22. Somente o Rafale aproximou-se do Eurofighter nestas comparações.

Dados completos das simulações não foram revelados, mas o que vazou mostra o potencial do Eurofighter e de outros caças contra o Super Flanker.

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