Ok, desde o ano passado sabíamos que o Rafale seria o vencedor, mas…
… os contribuintes mais antenados no assunto gostariam de saber como o Governo vai garantir os futuros recursos para o pagamento das caras horas de voo da aeronave. É bom lembrar que a África do Sul, que vai sediar a Copa do Mundo este ano, “groundeou” seus Gripen, que são monomotores e muito mais baratos de voar que o Rafale.
Sabemos que o Rafale é um ótimo vetor de combate na sua versão F3, mas não vai adiantar muito se os pilotos da FAB não puderem voar a quantidade mínima de horas anuais do padrão OTAN (180h/ano).
Com relação à tão mencionada transferência de tecnologia (ToT), que virou um mantra repetido por todo mundo, mas cujo significado é de conhecimento de poucos, não temos ilusões de que os franceses nos cederão a totalidade do “know-how” e “know-why” de um avião cujo projeto custou quase R$ 99 bilhões em desenvolvimento.
NOTA DO EDITOR: Nas fotos, um Rafale acidentado, que saiu da pista e o piloto ejetou.
NOTA 2: Peço aos senhores que reflitam sobre o estado atual da Força Aérea Brasileira. Na Amazônia, cujo tamanho é maior que a Europa inteira, não temos um esquadrão de jatos, apenas A-29s cuidam daquela imensidão.
Como foi dito num artigo de publicação recente aqui no Poder Aéreo, sobre a questão da operação do míssil Piranha no A-29, falta inclusive infraestrutura para a FAB operar com mísseis naqueles rincões.
No mais, um país que tem péssimas escolas e hospitais públicos, que tem um sistema prisional medieval e seriíssimos problemas de segurança pública, deveria no mínimo questionar a opção pelo caça mais caro, já que os 3 atendem às necessidades da FAB.