Luiz Marinho recebe convite para conhecer fabricante do caça Gripen

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A Saab, fabricante do caça Gripen, um dos concorrentes à venda de 36 aviões para a Força Aérea Brasileira, convidou Luiz Marinho (PT-SP), prefeito de São Bernardo e ex-ministro do governo Lula, para conhecer suas instalações na Suécia, informa a coluna de Mônica Bergamo, publicada nesta quinta-feira pela Folha de São Paulo.

Segundo a coluna, ele viaja para lá no sábado à tarde e estica a viagem até Portugal.

Além da Saab, disputam a preferência brasileira propostas da empresa americana Boeing (pelos F-18 Super Hornet) e da francesa Dassault (Rafale).

Na terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a decisão sobre a compra de 36 aviões-caça pelo governo brasileiro ainda não foi tomada por causa da importância que a escolha terá sobre a capacidade de defesa e sobre o desenvolvimento tecnológico e industrial do Brasil.

“Temos que ser muito cautelosos. A FAB já fez sua análise e pré-selecionou três modelos que atendem às suas necessidades técnicas. Agora é a hora de o governo fazer a análise estratégica, política e econômica para apontar qual proposta trará mais benefícios para a sociedade”, disse Lula na coluna semanal “O Presidente responde”.

Segundo ele, a escolha vai ser feita após “concluída a análise do Ministério de Defesa, de ouvir o Conselho de Defesa Nacional e considerando as diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa”.

“Posso adiantar que a empresa a ser escolhida, seja qual for, terá que se comprometer com a transferência irrestrita de toda a tecnologia de ponta.”

Segundo reportagem da Folha, Lula e o ministro Nelson Jobim (Defesa) bateram o martelo a favor do caça francês Rafale.

A decisão teria sido tomada depois da francesa Dassault reduzir de US$ 8,2 bilhões (R$ 15,1 bilhões) para US$ 6,2 bilhões (R$ 11,4 bilhões). O Rafale ficou em último no relatório técnico da FAB, que trouxe em primeiro o caça sueco Gripen e em segundo o americano F-18, da Boeing.

A reportagem informa que o francês é o preferido de Jobim e de Lula, que defendem negócio com a França porque o país é seu “parceiro estratégico”, com o qual assinou grande acordo militar em 2009.

FONTE: Folha Online

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