Paraná terá sua primeira indústria do setor aeronáutico
Segundo o presidente da GME, Erminio Ceresa, a empresa vai produzir peças e conjuntos para fabricantes instalados no Brasil como a Embraer (Legacy) e a Eurocopter (Helibrás), e também disputar o mercado com fornecedores da européia Airbus.
O diretor-presidente do BRDE, Airton Carlos Pissetti, informa que o crédito aprovado pelo BRDE faz parte de um investimento total de R$ 37,5 milhões. A meta é fabricar conjuntos que constituem partes primárias de aeronaves como portas e carenagens e estruturas de controle do avião como ailerons, flaps, empenagens vertical e horizontal, leme e profundor.
“Também está associado a este projeto a manutenção, pela empresa, de uma escola com capacidade para 50 alunos, dentro de um programa de capacitação e formação para jovens de baixa renda da região, com duração entre 2 a 3 anos. Estes jovens vão aprender a trabalhar com tecnologias muito modernas e sofisticadas”, informou Pissetti.
A grande oportunidade de mercado da GME, para o diretor da área de Planejamento do BRDE, José Moraes Neto, está no fato de oferecer uma solução integrada para clientes como a Embraer, com subconjuntos montados com peças fabricadas na mesma indústria. “No modelo atual, a Embraer usa peças de várias empresas e faz a montagem com custos maiores de logística e dificuldades de gestão da qualidade e dos processos”, explicou ele.
O diretor de Planejamento informou ainda que os recursos serão utilizados na construção da planta para usinagem, confecção e acabamento de componentes metálicos, de compostos leves e de conjuntos prontos para a indústria aeronáutica. “Isso irá capacitar o parque industrial paranaense em uma tecnologia de ponta e de precisão nas áreas de mecânica e de processamento de ligas metálicas especiais”, explicou. No total, a expansão da GME irá gerar 220 novos empregos.