Regional do Ciesp critica opção por caça francês
O conteúdo da carta, assinada pelo diretor-titular Almir Fernandes e pelos vices Ney Pasqualini Bevacqua e Nerino Pinho Junior, defende que o processo de seleção seja conduzido pelo Comando da Aeronáutica, que declarou preferência pelo caça sueco Gripen.
“O caça francês, se escolhido, será uma derrota para todo o povo brasileiro, pois perderemos a oportunidade de nos tornarmos soberanos e independentes como nação e como potência”, diz o texto enviado pela regional do Ciesp de São José dos Campos, que congrega cerca de 60% das empresas do setor aeroespacial e de defesa brasileiro.
A diretoria da regional alega que, além de custos maiores, a compra dos caças da Dassault tornará o Brasil “dependente de uma única nação” como fornecedora de material bélico, já que firmou com o governo francês compromisso de compra de cinco submarinos, na ordem de R$ 11,5 bilhões, e de 50 helicópteros, por mais de R$ 4,7 bilhões.
A carta também cita informações divulgadas pela imprensa sobre os valores que estariam em negociação. O acordo com a Dassault, do avião Rafale, teria um custo de US$ 6,2 bilhões e um valor de manutenção de US$ 4 bilhões, totalizando US$ 10,2 bilhões. A norte-americana Boeing, com o F-18, custaria US$ 5,7 bilhões, mais a manutenção de US$ 2 bilhões – total de US$ 7,7 bilhões. Por fim, a sueca Saab, dona do Gripen NG, estaria cobrando US$ 4,5 bilhões, com um custo de manutenção de US$ 1,5 bilhão – US$ 6 bilhões ao todo.
FONTE: Agência Estado, via G1
FOTOS: Armée de l´air e Gripen International