Há cerca de 20 anos atrás o Rafale foi cogitado para ser o substituto do Hornet e do Intruder na USN. Mas a política (sempre ela) não permitiu


No início da década de 1990, quando o mundo passava por uma grande transformação e diversos programas militares foram cortados, surgiram várias iniciativas bastante peculiares.

Com o cancelamento do programa A-12 Avenger II, que propunha desenvolver uma aeronave embarcada de ataque, a USN ficou sem um substituto para o A-6 Intruder.  Era necessário adquirir uma aeronave que pudesse entrar em serviço em, no máximo, dez anos. Este avião seria o “caça tampão” até que o programa AX fosse concluído.

Uma das alternativas era adquirir um caça no exterior. Descartando os aviões russos, não sobraram muitas opções. Facilmente chegou-se à conclusão de que a única alternativa viável era o Dassault Rafale, cujo protótipo naval (Rafale M) voaria ainda no primeiro semestre de 1991.

A ideia era interessante e o Rafale M na USN parecia ser uma opção ideal para preencher o “fighter gap” que existia até a chegada do AX. Mas naquela época não era fácil para os Estados Unidos aceitarem um vetor desenvolvido e produzido fora do país.

O momento político-econômico também não ajudava. Com a redução do parque industrial  norte-americano de defesa na década de 1990 era politicamente inadmissível adquirir um caça no estrangeiro. Com explicar isso para o contribuinte, enquanto ele assistia aos cortes de postos de trabalho neste ramo industrial?

Por essas razões o Rafale não foi nem cogitado pelo Departamento de Defesa. A vaga que poderia ser preenchida pelo Rafale hoje pertence ao Super Hornet, um dos seus principais rivais. Como seria o mundo sem o Super Hornet e com o Rafale com mais de 700 unidades fabricadas?

Essas e outras histórias serão contadas com mais detalhes no texto “Do Hornet ao Super Hornet”, que será publicado com exclusividade aqui no Poder Aéreo.

Aguardem!

FOTOS: USN, via Poder Naval.

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